Exclusivo: Glayson Reis foi vigiado durante 15 dias com autorização de juiz de Anápolis
Delegado, que cumpre prisão temporária, segundo o magistrado, é investigado por crime "grave"


O prazo da prisão temporária de Glayson Reis termina neste sábado (06) e o estranho silêncio dentro da Polícia Civil permanece imperando sobre o caso, mesmo sob fortes críticas da imprensa anapolina.
O Portal 6, no entanto, obteve acesso aos detalhes da decisão do juiz Ricardo Silveira Dourado, que determinou a quebra dos sigilos “telefônico, telemático e de estação rádio-base” contra o delegado aposentado, o agente Rogério Ângelo Batista e o escrivão Ivair Pereira de Miranda. Ambos compunham a equipe de Glayson Reis enquanto ele estava na ativa e foram presos na mesma operação deflagrada na última terça-feira (02).
Também presidente do fórum de Anápolis, Ricardo escreveu que concordava com a medida porque o “crime ora investigado [pela Corregedoria da Polícia Civil] é considerado grave e punido com reclusão”. Tudo é mantido em segredo de Justiça.

(Créditos: Portal 6)

(Créditos: Portal 6)

(Créditos: Portal 6)
As interceptações foram autorizadas no dia 26 de março e duraram 15 dias. O delegado corregedor Guilherme Conde foi o único designado a receber as informações, regulares ou não, das conversas e correspondências feitas pelos investigados.
“Possibilidades”
Nenhuma autoridade da alta cúpula da Polícia Civil aceita falar sobre o caso e esse receio, sustentam alguns delegados ouvidos pela reportagem, tem alguns porquês.
O sentimento de corpo dentro do órgão é muito forte e os crimes pelos quais Glayson Reis é investigado podem ter sido praticados por outros colegas de igual função.
“Ninguém quer atirar pedra agora porque amanhã pode ser a vidraça”, disse um deles.
Exoneração
Além de delegado e professor universitário, Glayson Reis, até o dia 18 de junho, respondia pela Assessoria Especial de Segurança Pública, que tem status de secretaria na Prefeitura de Anápolis.
O órgão, além de coordenar as ações de postura, guarda e patrimônio, também controla câmeras de videomonitoramento e as parcerias do município com as polícias Militar e Civil, por meio do banco de horas e viaturas cedidas.
Consta no Diário Oficial do Município que a exoneração de Glayson Reis foi feita a pedido do próprio delegado aposentado.