Professor de colégio militar em Anápolis é afastado após pedir nudes para aluno
Conselho Tutelar e Coordenação Regional de Educação já estão atuando sobre o caso, mas Polícia Civil alega que não recebeu denúncia
Imagine ter um filho e, em um dia rotineiro, ele confidenciar que recebeu uma proposta indecente de um professor. Parece um cenário distante, mas se trata de uma polêmica envolvendo o Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás (CEPMG) Arlindo Costa, localizado na Vila Santa Isabel, na região Norte de Anápolis.
O Portal 6 apurou junto à Coordenação Regional de Educação que o docente, que dava aulas de Educação Física e já foi candidato a vereador e deputado estadual pela cidade, teria chamado um estudante de 14 anos, do 8º ano, no Facebook, para pedir ‘nudes’ das meninas da turma.
“Depois [o professor] se arrependeu e conversou com o menino novamente para pedir desculpas, mas ele já havia contado ao pai, que disse que não aceitava e perguntou como um professor faz isso. Daí no documento [que recebemos do colégio], pediram que ele fosse afastado”, contou Luciano Almeida Pereira, coordenador regional, à reportagem.
Conforme Luciano, o educador foi chamado nesta quarta-feira (23) para uma reunião, onde seria acordado que se afastaria da sala de aula até o julgamento da sindicância. O que não esperavam, porém, é que essa nova situação apareceria, podendo resultar em novos processos.
“Falei para ele vir para a coordenação para aguardar o processo da sindicância e ontem veio esse processo novo. Hoje o comandante falou que umas meninas o procurou para contar que o professor tinha falado que se elas mandassem fotos, ele melhoraria as notas delas. Isso já é outra coisa e o coronel está averiguando. Agora vamos ver se as meninas vão denunciar ou se vai vir algum novo processo”, disse.
Comandante do CEPMG Arlindo Costa, o Tenente Coronel Edival confirmou o afastamento do professor, mas salientou que não pode se pronunciar sobre o andamento do caso, que deverá ficar a cargo da própria Coordenação e do Conselho Tutelar.
“O trabalho nosso é fazer o encaminhamento para a Coordenação Regional. Essa é a informação que a escola pode dar. Ele já foi afastado, eu já fiz o documento e encaminhei ao professor Luciano. Se tratando de crianças, a gente entrega para o Conselho Tutelar e a Coordenação e eles tomam as providências. A carta que o doutor Carlos Limongi [juiz de direito da Infância e Juventude] mandou para nós é que não temos direito ou obrigação de tratar desse assunto”, explicou.
O Portal 6 também apurou que a situação já teria sido denunciada à Polícia Civil (PC). No entanto, a assessoria de comunicação da corporação alega que nenhuma ocorrência desta natureza foi registrada.