Mesmo com gestora já aprovada por lei, HCamp de Anápolis não tem previsão de entrega
UFG, cuja fundação comandará o hospital, estima que em menos de 60 dias a região chegue a ter 2.700 pacientes e 450 óbitos
A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) aprovou nesta quarta-feira (03) o projeto de lei que transfere a gestão do Hospital de Campanha de Anápolis (HCamp) para a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc).
O HCamp, que será estruturado no Centro de Convenções da cidade, terá como objetivo exclusivo tratar pacientes contaminados com o novo coronavírus.
Em nota ao Portal 6, a Secretaria de Estado da Saúde (SES – GO) informou que ainda não há uma data prevista para a inauguração da unidade.
De acordo com a pasta, o Governo de Goiás está priorizando os hospitais de campanha com estruturas fixas, que irão permanecer mesmo após a pandemia, como é o caso das unidades em outros municípios do estado, como Jataí, São Luís de Montes Belos, Formosa e Itumbiara, por exemplo.
Dada a natureza provisória do HCamp, criado para atender as necessidades causadas exclusivamente pela pandemia, a SES informou que ele será estruturado e funcionará como um reforço da rede de saúde estadual, caso haja necessidade, servindo como uma uma opção para incrementar a rede de saúde do estado, além dos hospitais fixos.
Em tempo
Em nota técnica produzida por pesquisadores da Universidade Federal de Goiás, a instituição alertou que, caso a taxa de distanciamento social permaneça abaixo da casa dos 50%, Goiás irá enfrentar um colapso do sistema de saúde em meados do mês de junho, sendo que – no pior dos casos – a previsão para o pico de mortes é no final de julho, com mais de 160 óbitos por dia.
Já a previsão específica para a Região dos Pirineus (onde Anápolis representa o maior e principal município), estima que – até o dia 31 de julho – haja mais de 2700 pacientes hospitalizados e mais de 450 óbitos.