Uber desativa conta de motorista que levou passageira para motel em Anápolis
Empresa disse que considera "inaceitável" qualquer ato de violência contra mulher e dispôs a colaborar com as investigações
A Uber se posicionou na tarde desta terça-feira (25) sobre o caso do motorista de aplicativo, de 22 anos, preso em flagrante na madrugada de domingo (23), após levar uma passageira de 21 anos para um motel da região Sudeste de Anápolis.
Em nota enviada ao Portal 6, a multinacional repudiou o ocorrido e disse considerar “inaceitável” qualquer ato de violência contra mulher.
No texto, a empresa mencionou que o alegado crime pode não ter ocorrido durante a viagem, mas que já desativou a conta do motorista e se disse disposta a colaborar com as investigações.
Veja a nota na íntegra:
A Uber considera inaceitável e repudia qualquer ato de violência contra mulheres. A empresa acredita na importância de combater, coibir e denunciar casos dessa natureza às autoridades competentes. Ao que tudo indica pelas informações apresentadas, o caso não teria ocorrido durante viagem com o aplicativo. De qualquer forma, a conta do motorista parceiro foi desativada assim que tomamos conhecimento do episódio e a empresa está à disposição para colaborar com as investigações, na forma da lei.
A Uber defende que as mulheres têm o direito de ir e vir da maneira que quiserem e têm o direito de fazer isso em um ambiente seguro. Todas as viagens com a plataforma são registradas por GPS. Isso permite que em caso de incidentes nossa equipe especializada possa dar o suporte necessário, sabendo quem foi o motorista parceiro e o usuário, seus históricos e qual o trajeto realizado.
Entenda o caso
Após sair de uma festa e parar de responder as mensagens dos familiares – fato considerado atípico pela mãe – a jovem acabou preocupando os pais, que insistiram no contato até perceberem que havia alguém se passando pela moça nas respostas.
Depois de pressionarem o homem através das mensagens, ele afirmou ter a buscado na festa e a levado para um motel, de forma “totalmente consensual”.
Em entrevista ao Portal 6, a mãe sustenta que em nenhum momento houve consentimento e que a filha teria sido dopada com um comprimido durante o trajeto da corrida — razão de não ter conseguido prestar depoimento na hora denúncia.
Contou também que chegou primeiro que a polícia no local para salvar a filha e que o motorista de aplicativo ainda teria tentado fugir.
Desfecho
Detido desde o ocorrido, na madrugada de domingo (23), o motorista passou pela audiência de custódia na manhã desta terça-feira (25).
A decisão da juíza responsável sobre o caso deve sair nas próximas horas.
Mais informações a qualquer momento.