Umidade em Anápolis chega ao nível do Saara e Defesa Civil faz alerta à população

Perigos à saúde humana é o principal problema e danos vão muito além do sistema respiratório

Caio Henrique Caio Henrique -

A umidade relativa do ar em Anápolis pode chegar aos níveis do Deserto do Saara na semana que se inicia neste domingo (06).

Isso porque, de acordo com o Climatempo, a taxa mínima esperada para o período varia entre 10 e 16%.

Para se ter uma ideia, o índice que é considerado aceitável para a Organização Mundial de Saúde (OMS) é acima de 30% – número que não será alcançado nem mesmo nas previsões máximas da umidade em alguns dias desta semana, como na sexta-feira (11) e sábado (12), por exemplo.

O Deserto do Saara, que é localizado no Norte da África e carrega o título de maior deserto quente do mundo, com área territorial superior ao Brasil, costuma manter um índice de umidade relativa do ar entre 10 e 15%.

Mas o que é a umidade relativa do ar?

É basicamente a quantidade de vapor de água existente na atmosfera.

Ela é chamada de relativa pois é definida na base de porcentagem em relação ao chamado “ponto de saturação”, que é a quantidade máxima de umidade que poderia se manter naquela respectiva temperatura.

Perigos

Os maiores riscos neste tipo de situação ficam por conta dos danos causados às vias respiratórias, que são conhecidamente mais vulneráveis em crianças e idosos, por exemplo.

Um sintoma comum é o ressecamento das vias aéreas, o que aumenta a chance das pessoas contraírem infecções, sejam elas virais ou bacterianas.

Além disso, as pessoas que já possuem problemas respiratórios, tais como asma, sinusite e rinite, por exemplo, ficam mais suscetíveis à terem crises.

Mas não é só as pessoas com sistema respiratório mais frágil que estão sujeitas aos perigos da baixa umidade. Como a desidratação natural causada pelo ar seco deixa o sangue mais denso, fica muito mais fácil o aparecimento de problemas alérgicos ou até mesmo oculares.

O cenário é ainda mais delicado quando aliado aos dias quentes – que é o que vivemos atualmente em Anápolis – já que a pele começa a absorver o suor de forma muito acelerada, o que resseca a pele.

Alerta

Com tudo isso em mente, a Defesa Civil já emitiu um comunicado alertando a população sobre os perigos deste momento e também algumas precauções que devem ser tomadas.

Evitar exposição ao sol e ingestão de bastante líquido segue sendo o procedimento mais recomendado.

Outro detalhe importante é a orientação de não iniciar nenhum tipo de queimada em vegetação porque, além de abaixar ainda mais a umidade, corre risco de uma propagação exagerada do fogo, que pode tomar medidas drásticas.

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