Vacinação! Estamos diante de uma escolha muito difícil!

José Fernandes José Fernandes -
Vacinação! Estamos diante de uma escolha muito difícil!
(Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Coronavac não tem! E as milhares de pessoas aguardando a 2ª dose? Uma das justificativas foi a falta do IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo), insumo utilizado na produção das vacinas. Outra corrente, defende que não houve habilidade nessa relação comercial entre Governo Federal e fornecedores.

Afinal, com o risco e a escassez dos ingredientes necessários para a produção dos imunizantes, é melhor desacelerar o processo de vacinação poupando ‘futuras segundas doses’ ou acelerar ainda mais a imunização entre os cidadãos, ao menos com uma dose e trabalharmos para não faltar?

Nesta sexta-feira (18), completam-se cinco meses desde a primeira aplicação de vacina contra a Covid-19 em Anápolis, que goza hoje das seguintes estatísticas: 169.950 doses de vacinas aplicadas entre a população. Dessas, 124.822 foram direcionadas à primeira dose e apenas 45.128 foram destinadas à segunda dose – cerca de 25% do público alvo com ao menos uma dose.

Uma marca que nos traz boas expectativas ou a certeza do marasmo dos gestores públicos?

A comunidade científica tem apontado que o IFA está indisponível e pode comprometer o fornecimento das vacinas já no final de Julho próximo, afetando a saúde de nossa população.

Atento a isso, os governantes tem envidado esforços para que isso não aconteça, e vale a pena compartilharmos, para trazermos à tona de que apesar de ser global a procura e necessidade, estamos entre os quatro países no mundo que mais vacinam.

Somente nesta quinta-feira (17), o Brasil bateu o recorde na aplicação de vacinas em um só dia, alcançando a marca de 2.220.845 doses aplicadas pelo país. Demonstrando cabalmente que o ritmo não será desacelerado, pelo suposto “fantasma” da falta dos imunizantes. Estratégia que entendemos ser a mais eficaz no momento.

O Governo Federal já assinou nesse mês, o Contrato de Transferência de tecnologia para a produção nacional da AstraZeneca pela FioCruz, e na última terça-feira (15), a Câmara dos Deputados aprovou o PL 1343/21 do Senado Federal, que permite ao governo autorizar as fábricas de vacinas veterinárias a produzirem, por tempo limitado, a vacina contra a Covid-19. Além disso, nacionalizar a produção do IFA por esses laboratórios dentro obviamente das exigências de biossegurança das normas sanitárias.

Terminamos essa semana com fatos e números que nos deixam motivados de que vidas importam e apesar das inúmeras dificuldades, o jargão “vacina no braço” se torna real.

José Fernandes é médico (ortopedista e legista) e bacharel em direito. Atualmente vereador em Anápolis pelo PSB. Escreve todas às sextas-feiras. Siga-o no Instagram.

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