HPV: médica de Anápolis explica como ele se desenvolve e como preveni-lo

Profissional também falou sobre sintomas, tratamentos e a importância da boa alimentação e a prática de exercícios

Da Redação Da Redação -
HPV: médica de Anápolis explica como ele se desenvolve e como preveni-lo
(Foto: Divulgação)

O HPV é um assunto sério e costuma ser discutido principalmente durante as campanhas de vacinação anuais voltadas para adolescentes, que é quando há trabalhos de conscientização sobre a importância da prevenção do câncer de colo de útero.

No entanto, são muitas as meninas e mulheres que ainda não sabem o que é o HPV, como ele se desenvolve e nem mesmo quais são os sintomas.

Para responder todas essas perguntas, entrevistamos a ginecologista e obstetra Luisa Maranhão, que é formada pela Universidade Federal de Goiás (UFG) com residência médica no Hospital Materno Infantil.

Atualmente, a profissional atua na Clínica Popular da Saúde, que tem unidades no Jundiaí e na Vila Jaiara, em Anápolis.

Confira a entrevista na íntegra

Qual a forma de transmissão do HPV?

Dra. Luisa Maranhão: A principal forma de transmissão é através da relação sexual sem preservativo. Existe também a possibilidade de transmissão vertical, que ocorre de mãe para o feto durante a gravidez ou da mãe para o recém-nascido através do canal de parto.

Qual a relação entre o HPV e o câncer de colo de útero?

Dra. Luisa Maranhão: A predominância dos casos de câncer de colo do útero estão associados ao HPV. Mas não significa que toda mulher que tiver HPV irá desenvolver o câncer. Na maioria das vezes, não há maiores complicações. Porém, quem tem infecção persistente por certos tipos de HPV, tem maior risco de desenvolver as lesões pré cancerosas e o próprio câncer.

Como se prevenir das infecções?

Dra. Luisa Maranhão: Uma das formas principais de prevenção se dá pelo uso de preservativo em todas as relações sexuais. Existe também a possibilidade de vacinação contra os principais sorotipos mais oncogênicos e causadores de verrugas, que no Brasil é gratuita na rede pública nas idades entre 9 a 14 anos para meninas e dos 11 aos 14 para meninos, podendo ser estendida em alguns casos especiais.

Como saber se estou com HPV?

Dra. Luisa Maranhão: O exame de captura híbrida é o indicado para o diagnóstico do HPV no organismo da paciente. Vale lembrar que o médico sempre busca investigar as alterações causadas pelo vírus. A manifestação mais comum é o surgimento de verrugas na região genital, que são chamados condilomas, e na cavidade oral. Outras manifestações são lesões pré-cancerígenas e o câncer, principalmente de colo de útero. O mais importante é procurar ajuda médica para um diagnóstico preciso e em casos de confirmação, poder receber as orientações de um especialista.

Qual a relação entre o papanicolau e o HPV?

Dra. Luisa Maranhão: O papanicolau é indicado para identificar alterações promovidas pelo vírus HPV que, ao longo dos anos, pode gerar mutações celulares e se transformar em câncer do colo do útero. Em pacientes que já tiveram HPV ou outras alterações causadas pelo vírus, a periodicidade do rastreio será indicada pelo seu médico.

Como é feito a diagnóstico?

Dra. Luisa Maranhão: O exame de captura híbrida serve para ajudar no diagnóstico da infecção pelo vírus HPV e deve ser feito por todas as mulheres que tiveram alguma alteração no exame de papanicolau ou que estejam dentro do grupo de risco. O exame de captura híbrida é feito através da raspagem de uma pequena amostra do muco vaginal no colo do útero, vagina ou vulva. O material recolhido é colocado num tubo de ensaio e enviado para o laboratório para análise.

Como é feito o tratamento?

Dra. Luisa Maranhão: Ainda não existe um tratamento específico para o vírus, e sim para as manifestações ocasionadas por ele. É importante procurar assistência e tratar quaisquer lesões detectadas. Realizar a detecção precoce e iniciar o tratamento das lesões pré-cancerígenas é essencial para impedir a evolução da doença para o câncer. Vale lembrar que uma alimentação saudável, pratica de exercício físico regular, não fumar, vacinação e melhora da imunidade facilitam na eliminação do vírus por parte do nosso organismo.

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