Médico é demitido após denúncias de colegas: ‘Você é cardiologista? Podia cuidar do meu coração’

Além de mensagens, médicas afirmaram que as abordagens também ocorriam de forma presencial e algumas foram punidas por não ceder às investidas

Pedro Hara Pedro Hara -
Médico assediava funcionárias da unidade de saúde pessoalmente e por meio de mensagens (Imagem: Reprodução/TV Anhanguera)Médico é demitido após denúncias de colegas: ‘Você é cardiologista? Podia cuidar do meu coração’
Médico assediava funcionárias da unidade de saúde pessoalmente e por meio de mensagens (Imagem: Reprodução/TV Anhanguera)

O diretor-técnico do Hospital Estadual de Luziânia é investigado por assédio moral e sexual contra colegas de trabalho. O médico realizava as abordagens de forma presencial e virtual. Após as acusações, Daniel de Souza Wanderley foi demitido da unidade.

No total, três médicas relataram ter sido assediadas pelo profissional. Segundo elas, a situação começou quando ele era apenas médico, entretanto, as abordagens se intensificaram depois que ele se tornou diretor-técnico do Hospital Estadual de Luziânia.

Em uma das mensagens compartilhadas, o médico pergunta a uma das funcionárias se ela é cardiologista. Ao receber a resposta, Daniel diz “assim podia cuidar do meu coração”.

O médico foi denunciado à Polícia Civil (PC) e ao Instituto de Medicina Estudos e Desenvolvimento (Imed), responsável pela administração da unidade.

Ao G1, parte das vítimas que denunciaram o assédio de Daniel disseram que sofreram punições. Uma delas, inclusive, contou que foi demitida da unidade de saúde enquanto outra relatou que teve a jornada de trabalho reduzida em 40%.

A defesa do médico alega que não fará declarações públicas sobre o caso, mas tratou as acusações como falaciosas.

Os advogados disseram confiar na Justiça e que irão adotar medidas judiciais para responsabilizar os responsáveis pela “propagação de fake news e acusações infundadas”.

De acordo com a PC, as vítimas e o médico já foram ouvidos. O caso, colocado em sigilo, foi encaminhado ao Ministério Público de Goiás (MP-GO).

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