Enquanto ‘novo Lázaro’ segue foragido, Segurança Pública não quer repetir o mesmo erro de meses atrás
Força-tarefa para achar o criminoso na mata conta com mais de 70 homens das polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal
Depois do alerta sobre a troca de tiros entre um fazendeiro e um homem, na zona rural de Abadiânia na madrugada de terça-feira (1º), pouco se avançou em relação às informações repassadas à imprensa sobre as estratégias adotadas para capturar Wanderson Mota Protácio, de 21 anos.
Pelo quarto dia consecutivo, cerca de 70 homens das polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal (PRF) seguem em busca do rastro do homem suspeito de matar a esposa grávida, Raniere Aranha, de 21 anos, a filha dela de apenas 02 anos e o fazendeiro, Roberto Clemente de Matos, no último domingo (28), em Corumbá.
Nesta quinta-feira (02), o Portal 6 tentou ouvir quatro autoridades que estão à frente das investigações. A maioria não atende às chamadas ou está com telefone desligado.
A assessoria de imprensa da Polícia Civil de Goiás(PCGO) limitou-se a dizer que as informações serão repassadas no momento oportuno ‘para não atrapalhar o andamento das apurações’.
A postura mais silenciosa pode estar associada ao recente caso do ‘serial killer’ Lázaro Barbosa, que ganhou repercussão nacional ao resistir por 20 dias em fuga à operação policial que contou com a presença de mais de 200 profissionais da segurança pública na zona rural do Entorno do Distrito Federal.
Na prática, foi observado que Lázaro acompanhava as informações transmitidas veiculadas pela imprensa e, assim, conseguia despistar a Força-Tarefa.
Mas essa atual discrição das forças de segurança está para lá de desproporcional ao que acontece nos números de disk-denúncia.
O Portal 6 apurou que diversas pessoas informaram à polícia que ‘viram’ o ‘novo Lázaro’ comendo na rodoviária de Anápolis. O criminoso também teria sido ‘visto’ na região de Silvânia e pego uma carona no meio da última noite.
“Temos de filtrar e seguir checando essas informações”, disse um oficial da Polícia Militar (PM), cujo nome a reportagem prefere manter em anonimato.
Enquanto isso, internautas ávidos pelo caso acompanham perfis no Instagram de “influencer’s da notícia” que estão na zona rural de Abadiânia e Alexânia, situação que também irrita os policiais e agentes que atuam na operação.