Novas variantes de vírus geram corrida a unidades de saúde na Grande Goiânia
Para especialista, identificações de cepas criam medo natural na população e superlotação piora quadro sanitário
Se por um lado o número oficial de contaminados pela variante da Influenza H2N3 permanece estável em Goiás, com 61 casos registrados, a maioria em Rio Verde, Sudoeste do estado, a procura por atendimento em unidades de atendimento de saúde em Goiânia e Aparecida de Goiânia dispararam desde o último fim de semana.
As secretarias municipais de saúde da capital e de Aparecida de Goiânia admitem a necessidade de adaptação para responder à grande demanda.
Em Goiânia, a pasta reconhece o momento como desafiador, tanto para as equipes médicas quanto para a população, já que os atendimentos aumentaram em época de fim de contrato de funcionários temporários.
“As escalas médicas estão completas, mas dezenas de outros profissionais estão sendo substituídos, o que tem interferido também no tempo de atendimento. A expectativa é de que nos próximos dias tudo volte à normalidade”.
Uma orientação é que, em casos mais simples, a população busque os postos de saúde. Somente em casos graves, as unidades de emergência.
Aparecida divulgou que o número de atendimentos diários aumentou de 2.350 para mais de 3.100, o que corresponde uma elevação de 32%.
Para desafogar as principais unidades de urgência e emergência, 40 postos de saúde do município irão atender casos suspeitos de gripe e dengue.
Ao Portal 6, o infectologista Marcelo Daher, disse que a identificação de novas cepas gera um medo natural na população, que procura mais as unidades de saúde.
Por outro lado, a superlotação faz com que os vírus circulem mais. “É preciso estruturar o atendimento, criar mais unidades de saúde para a população”, explicou Daher.
“Outra forma para reduzir essa lotação, é colocando pontos de coleta nas unidades para diagnosticar as doenças, com testes rápidos. Em 20 minutos, dá para saber se a pessoa está com gripe ou Covid-19”, complementou.
Ômicron
Outra preocupação é uma possível disseminação da variante Ômicron no estado.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), até esta terça-feira (28) foram confirmados 22 casos da variante Ômicron em Goiás, todos de pessoas residentes em Aparecida de Goiânia.
Dessas, 21 apresentaram sintomas leves e uma teve necessidade de internação, mas já recebeu alta e permanece em casa, em uso de medicação.