“Me chamou de vagabunda”, diz usuária da Uber em Goiânia após viagem angustiante com motorista

Provocada no Twitter, a empresa ainda não respondeu os questionamentos feitos por internautas

Augusto Araújo Augusto Araújo -
“Me chamou de vagabunda”, diz usuária da Uber em Goiânia após viagem angustiante com motorista
Mulher foi hostilizada por motorista de Uber ao sair da Praça Joaquim Lúcio, no setor Campinas, em Goiânia. (Foto: Divulgação/ Alego)

Um relato angustiante de uma usuária da Uber em Goiânia causou revolta entre os internautas no Twitter. Após solicitar uma viagem pelo aplicativo de carona, a mulher teria sido duramente ofendida pelo motorista que a atendeu.

Segundo a vítima, na última quinta-feira (09) ela estava saindo da Praça Joaquim Lúcio, no setor Campinas, onde participava de uma ação para levar refeições à pessoas em situação de rua.

Ao entrar no carro, o condutor teria iniciado um diálogo e dito à mulher “diga com quem tu andas que eu direi quem tu és”.

Na sequência, o motorista de aplicativo ainda teria falado que a usuária estaria contribuindo para aumentar a criminalidade, ao alimentar as pessoas na rua.

“Me chamou de vagabunda e não me deixava sair do carro (…) Me sentí [sic] violentada como pessoa, em risco, em choque e morrendo de medo de andar no veículo desse ser humano”, afirmou a mulher.

Ela também destacou que reportou a situação à central da Uber e afirmou ter procurado uma delegacia para registrar um boletim de ocorrência.

Outros perfis no Twitter comentaram na publicação da usuária, exigindo que a companhia desse alguma satisfação. Mas até o momento, o perfil oficial da empresa não se manifestou.

Com a palavra, a Uber:

Não foi possível verificar o caso relatado pelo Portal 6 porque, até o momento, não foram fornecidas à empresa informações suficientes para checar se a ocorrência mencionada se deu em viagem com o aplicativo da Uber. De toda forma, casos como esse levam ao banimento da conta do motorista. A Uber repudia qualquer tipo de comportamento abusivo contra mulheres e acredita na importância de combater e denunciar casos de assédio e violência e se coloca à disposição para colaborar com as autoridades nas investigações.

A empresa defende que as mulheres têm o direito de ir e vir da maneira que quiserem e têm o direito de fazer isso em um ambiente seguro. Por isso, desde 2018 a empresa mantém o compromisso de participar ativamente do enfrentamento da violência contra a mulher e possui diversos projetos voltados para isso. Mais recentemente, anunciamos, em parceria com o MeToo, um canal de suporte psicológico para apoiar vítimas de violência de gênero na plataforma.

Além disso, a Uber segue investindo constantemente em conteúdos educativos contra o assédio para motoristas e entregadores parceiros. Em conjunto com o Instituto Promundo, foi lançado o Podcast de Respeito e mais recentemente a Uber lançou uma campanha educativa de combate ao assédio também em parceria com o MeToo Brasil.

Segurança é uma prioridade para a Uber e inúmeras ferramentas atuam antes, durante e depois das viagens para torná-las mais tranquilas, como, por exemplo, o compartilhamento de localização, gravação de áudio, detecção de linguagem imprópria no chat, botão de ligar para a polícia, entre outros

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