Após protesto na GO-330, Prefeitura de Anápolis explica por que não pode ajudar moradores do Setor de Chácaras Daiana

Populares fecharam os dois lados da rodovia e alegaram que estariam vivendo sem nenhum recurso básico

Lucas Tavares Lucas Tavares -
Após protesto na GO-330, Prefeitura de Anápolis explica por que não pode ajudar moradores do Setor de Chácaras Daiana
Protesto na GO-330, entre Anápolis e Leopoldo de Bulhões. (Foto: Reprodução)

Já repercute fortemente nas redes sociais o protesto dos moradores do Setor de Chácaras Daiana, que interditaram as duas pistas da GO-330, entre as cidades de Anápolis e Leopoldo de Bulhões, nesta sexta-feira (22), para pedir melhorias na iluminação pública, saúde, saneamento básico, policiamento e educação.

Cartazes com as mensagens de “cidadania, direito de todos”, “queremos ser vistos pelo Poder Público” e “somos eleitores” foram erguidos durante o ato, que envolveu desde crianças até pessoas idosas.

Nos vídeos que circulam pela internet, os moradores afirmam que não são beneficiados por cidade nenhuma e, por isso, acabam ficando sem nenhum tipo de recurso básico para sobreviver.

Por conta de toda a movimentação, a Prefeitura de Anápolis se pronunciou, alegando que o Setor de Chácaras Daiana pertence apenas ao município de Silvânia e, exclusivamente por isso, não tem competência de realizar qualquer ação no bairro.

“Nós temos uma grande questão no vértice próximo ao DAIA, onde Anápolis faz divisa com os municípios de Leopoldo de Bulhões, Gameleira, Silvânia e Goianápolis. Inclusive, nós ingressamos com ações recentemente contra empreendimentos próximos, porque não havia um plano [entre os municípios]”, explicou o Procurador-Geral do município, Dr. Carlos Alberto Fonseca.

“Neste caso, ainda que se quisesse, no ponto de vista de voluntariar uma ação pelos gestores do município de Anápolis, isso não é cabível juridicamente porque nós estaríamos invadindo a competência de outro município”, continua.

Segundo o procurador, o que, em tese, seria possível, era que os municípios, por conta própria, procurassem a Prefeitura de Anápolis para um convênio nos serviços.

“Todavia, o custo operacional continua sendo do município de origem. A gente precisa fazer esses esclarecimentos para demonstrar que não há uma má vontade do município de Anápolis, o que há é uma inviabilidade jurídica”, concluiu.

A reportagem do Portal 6 também tentou contato com a Prefeitura de Silvânia para comentar o protesto, mas não obteve sucesso. O espaço segue em aberto caso a Administração Municipal queira se posicionar.

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