“Golpe do Cheiro”: nova tática é usada por criminosos para tocar o terror durante viagens por aplicativo

Relatos sobre casos em Goiás dominaram as redes sociais e vêm deixando a população amedrontada

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
“Golpe do Cheiro”: nova tática é usada por criminosos para tocar o terror durante viagens por aplicativo
Viagem por aplicativo. (Foto: Marcello Camargo/ Agência Brasil)

Relatos sobre aromas estranhos, tontura, náuseas e fraqueza durante viagens de carro por aplicativo têm se tornado cada vez mais frequentes em Goiás.

Apesar de parecer apenas um desconforto e, aparentemente, não apresentar nenhuma ameaça, o fato pode ser mais do que um mal-estar temporário.

Batizado de “Golpe do Cheiro”, a tática vem sendo utilizada por alguns motoristas de aplicativos para dopar os passageiros durante as viagens.

A técnica consiste em uma liberação de gás com substância como éter, clorofórmio e metanol, que prejudicam a absorção de oxigênio no corpo e leva a perda de consciência.

Durante a viagem, os criminosos liberam o odor deixando todas as janelas do carro fechadas, exceto a do condutor, para que, dessa forma, o cliente acabe se tornando mais uma vítima.

Em Goiânia, publicações sobre relato de pessoas que vivenciaram a situação tomaram conta das redes sociais, alertando sobre a incidência de casos na capital foram criadas.

Em uma das postagens, uma internauta afirma que um motorista da capital anda realizando o crime pela cidade e que uma jovem, moradora do bairro São José, foi uma das vítimas, mas que conseguiu fugir antes de perder a consciência.

Apesar da quantidade de declarações na web sobre casos desse tipo em Goiás, o delegado do Grupo Antissequestro (GAS) da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) afirmou que as denúncias ainda não chegaram à Polícia Civil (PC).

Segundo o investigador, é de suma importância que haja a formalização para que as equipes possam analisar os casos e buscar coibir este tipo de prática.

“O primeiro passo é procurar uma delegacia para registrar o fato e realizar um  exame pericial. Caso for dopagem para estuprar, a pessoa responde por estupro. Se for roubar, responde por roubo”, destaca.

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