“Era abuso, gritaria, xingamento, empurrão, arma na cara”, diz ex-namorada sobre homem que matou o pai dela

Vítima relata, aos prantos, atos furiosos de Felipe Gabriel, que matou sogro em farmácia, em Goiânia

Isabella Valverde Isabella Valverde -
“Era abuso, gritaria, xingamento, empurrão, arma na cara”, diz ex-namorada sobre homem que matou o pai dela
Ex-namorada não segura o choro após tragédia. (Foto: Reprodução)

Kênnia Yanka, ex-namorada de Felipe Gabriel Jardim, de 26 anos, que assassinou brutalmente o pai dela, o delegado aposentado João Rosário Leão, revelou cenas de terror que ela passou ao lado do homem.

Emocionada, ela descreveu que, após três meses ao lado dele, as coisas começaram a sair do controle e as agressões físicas e psicológicas começaram.

“Era abuso, era gritaria, era xingamento, era empurrão, arma na cara. Tudo ele tirava a arma, tudo ele tirava a arma e ficava com ela na minha cara”, relatou em entrevista coletiva nesta quarta-feira (29).

“Eu não podia fazer nada, porque eu ia levar um tiro. Tanto é que no dia em que eu gravei, mostra somente o teto porque eu estava de costas protegendo o meu filho, porque se eu levasse um tiro pelo menos ia ser eu, não ia ser meu filho. Mas, ele ia matar meu filho também se ele me matasse”, completou.

Kênnia também contou que, no início do relacionamento, Felipe dizia que havia sido vítima de um relacionamento abusivo com a ex noiva dele.

“Ele contava uma história que ele era vítima dessa ex dele. Contava que essa ex dele aplicava golpe nele e que ela que bateu nele e trancou ele em um apartamento”, afirmou.

Porém, depois de um tempo, amigos tanto dela como dele revelaram que a situação era o completo oposto e que ele quem era o agressivo da relação, mas ela não podia fazer nada por medo de ser morta.

“O que que ela podia fazer? Para levar um tiro na cara também?”, disse.

Segundo o relato da moça, o rapaz chegou até mesmo a ameaçar toda a família de uma ex com uma arma, alegando que mataria todos.

Tratamento psicológico

Kênnia Yanka rebateu o argumento do advogado de Felipe Gabriel Jardim, de que ele fazia tratamento psicológico e, num momento de descontrole, cometeu o crime.

A vítima demonstrou preocupação, pois teme que o suspeito busque um laudo clínico e medicamentos para alegar insanidade.

“Ele vai achar um jeito de achar remédios, pegar laudo com alguém. Então eu peço para você que for dar esse laudo para ele, médico, não faça isso. É o meu pai que morreu. Pensa se fosse seu pai. Dinheiro nenhum vai pagar isso”, implorou.

A Justiça impôs uma medida protetiva para garantir a segurança da mulher, mas ela segue amedrontada, uma vez que ele prometeu matá-la.

“É um pouco de culpa, porque eu poderia ter salvado o meu pai. Mas, também a culpa é desse monstro, a culpa é desse monstro. A culpa é de quem está protegendo ele, a culpa é da família, do pai, da mãe não entregar ele. Eu sei que são pais, mas ele matou o meu pai, ele tem que pagar por isso, pelo amor de Deus!” ressaltou.

“Se você, Felipe, estiver vendo isso, pelo amor de Deus olha o estrago que você fez! Pague pela sua culpa, pague”, finalizou.

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