Não há ‘prova clara’ que personal tentou matar namorada em Goiânia, diz desembargador
Decisão reforma o entendimento da primeira instância e muda crime pelo qual o suspeito responde
O personal trainer Murilo de Morais Segurado, filmado agredindo a namorada fisicamente, em Goiânia, deve responder por lesão corporal grave.
O crime aconteceu em 2019, quando o casal saía de casa para uma igreja. O suspeito executou uma série de socos e chutes na companheira.
Mesmo com a médica veterinária caída no chão, o personal continuou as agressões. A ação só foi interrompida quando um policial civil, que estava passando pelo local, interviu com uma arma.
Na primeira denúncia, o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) apontou como uma tentativa de homicídio.
Em janeiro de 2020, o juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida, aceitou a acusação e decidiu que levaria Murilo a júri popular.
A defesa recorreu e, agora, o desembargador Eudélcio Machado Fagundes classificou o crime como lesão corporal grave, pois, segundo ele, não há provas claras de que o acusado “quis o resultado”.
Além das imagens da câmera de segurança, a veterinária afirmou que Murilo a agrediu diversas vezes, verbalmente e fisicamente.
Enquanto o processo segue na Justiça, ele responde em liberdade.