O que pode acontecer com Thelma Cruz após foto gerar questionamentos de campanha ilegal
Especialista ouvido pelo Portal 6 aponta os limites que a legislação eleitoral impõe até o dia 15 de agosto a candidatos neste pleito eleitoral

Uma postagem nas redes sociais da primeira-dama de Goiânia, Thelma Cruz (Republicanos), gerou dúvidas entre os internautas sobre propaganda antecipada. Nas imagens, a pré-candidata a deputada estadual passeava pelas ruas da capital na carroceria de uma camionete e cumprimentava moradores.
A publicação foi postada com uma legenda contendo o termo “caminhata (caminhada + carreata)”, mas foi editada na sequência. Ao Portal 6, o advogado eleitoralista Wandir Allan explica que apenas um ponto da postagem da primeira-dama poderia ser questionado.
“Nenhum ato que demande gasto e mobilizações pode ser feito até o dia 15 de agosto. No caso da Thelma Cruz, apenas essa questão seria avaliada em uma apuração do ato”, afirma.
Usar camiseta com o nome e cumprimentar cidadãos como fez Thelma Cruz, conforme o especialista, é possível sob algumas condições. “A roupa não pode ter o número ou pedido de voto. Além disso, ela pode falar com as pessoas tranquilamente, desde que não peça para votarem nela”, aponta.
A assessoria da primeira-dama afirmou, por nota, que não houve pedido de voto. Além disso, a equipe diz que a primeira dama não divulgou número, não promoveu aglomeração de pessoas, outros veículos ou fez uso de carro de som.
Outras proibições
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Comuns em Goiânia, os outdoors estão proibidos para uso eleitoral. “É possível que pré-candidato utilize o espaço para situações como parabenizar a cidade pelo aniversário ou em datas comemorativas. Contudo, divulgação da campanha ou frases de alusão ao pleitos não são permitidas”, confirma.
Grandes reuniões em espaços como local de eventos e condomínios, por exemplo, também estão proibidos. “Apenas o partido está liberado para fazer oficialmente essas mobilizações. O pré-candidato não pode liderá-las”, acrescenta.