Quais as cidades que estão com clima mais ‘desértico’ em Goiás
Regiões estão com umidade relativa do ar abaixo do registrado até mesmo no deserto do Saara
Pior do que o Saara. Com o avanço do período seco, a umidade relativa do ar em municípios de Goiás chega a níveis equiparáveis a clima de deserto.
Nesta sexta-feira (02), a previsão é que, ao longo do dia, diversos municípios registrem umidade abaixo de 20%. Na capital, por exemplo, a mínima vai ficar em 16% – assim como Porangatu – situada na região Norte do estado.
Anápolis e Jataí os índices vão acusar 18%. Além disso, regiões turísticas também estão sofrendo com a baixa umidade. Em Caldas Novas, o índice está em 22% e em Pirenópolis, 18%. Os dados são Segundo o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo).
A título de comparação, cidades no deserto africano do Saara registraram umidade entre 20% e 30% nesta quinta-feira (01º). O nível ideal de umidade do ar para o organismo humano gira entre 40% e 70%. A Organização Mundial de Saúde (OMS) define que, entre 20% e 30%, o cenário é de estado de atenção. Abaixo de 20%, a região entra em estado de alerta.
E aí vale a máxima: nada está tão ruim que não possa piorar. A previsão para os próximos dias é que o índice da umidade fique em um patamar ainda mais crítico, podendo chegar até 10% – patamar semelhante ao que tem sido registrado no Deserto do Atacama, o mais árido do mundo.
Amplitude térmica
Outra característica desértica que chama a atenção neste período é a amplitude térmica. Na região Leste, a temperatura no início do dia tem sido de 13ºC e, com o passar das horas, os termômetros chegam a bater 33ºC. A variação é menor que no Saara, em que a diferença entre máxima e mínima foi de 10 graus.
Autoridades de saúde alertam que alergias como asma, rinite, urticária e dermatite podem piorar durante este período. A previsão é que o estado receba chuvas, de forma a melhorar a umidade e a amplitude térmica, na segunda metade de outubro.