Empresários irão à Justiça para evitar mudança do nome da Castelo Branco, em Goiânia
Ao Portal 6, presidente do Sindilojas-GO diz que estuda caso do Rio Grande do Sul para tentar invalidar possível alteração
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás (Sindilojas-GO), Cristiano Caixeta, afirma que a entidade entrará com ação na Justiça caso o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), sancione a projeto de lei que altera o nome da avenida Castelo Branco para Agrovia Iris Rezende Machado.
A proposta foi aprovada na Câmara Municipal nesta quinta-feira (17) e aguarda o aval do Executivo. A autoria é do vereador Clécio Alves (Republicanos). É a segunda vez que o parlamentar tenta mudar o nome do logradouro. Em dezembro do ano passado, Clécio apresentou matéria semelhante, que foi vetada por Rogério Cruz diante de pressão de empresários da região.
O presidente do Sindilojas-GO revela ao Portal 6 que os comerciantes varejistas ainda têm esperança de que o prefeito não sancione o novo projeto. “Acreditamos que o prefeito terá a coerência de não sancionar um projeto como este, que traz prejuízos para os empresários e para a sociedade. Porém, se ele decidir ir em frente, acionaremos a Justiça”, garante.
Cristiano Caixeta diz que o sindicato tem estudado um caso de 2018 no Rio Grande do Sul, em que a Justiça considerou inválida a lei que alterou uma avenida de Porto Alegre que também se chama Castelo Branco. “Foi aprovado, mas depois conseguiram derrubar. Se necessário, vamos trabalhar para isto em Goiânia também”, assegura.
A mudança, segundo o líder representativo, “desrespeita o comércio” e traz despesas “desnecessárias” – tanto ao erário quanto aos mais de 500 comerciantes instalados ao longo da avenida. “Não questionamos a homenagem, mas o Iris merecia muito mais, como um bairro novo, por exemplo. Não algo que causaria tantos transtornos para a cidade”, argumenta.
Por outro lado, vereadores favoráveis à proposta defendem que a medida pretende retirar o nome de um ditador, já que Castelo Branco foi o primeiro presidente da ditadura militar, e que este não teria relevância histórica para Goiânia.