Com aumento de casos de Covid, Marcelo Daher aponta estratégias para contenção

Ao Portal 6, infectologista argumenta que obrigatoriedade não garante proteção pois população não se preocupa com utilização correta

Emilly Viana Emilly Viana -
Com aumento de casos de Covid, Marcelo Daher aponta estratégias para contenção
Pessoas em uma fila, algumas com e outras sem máscara (Foto: Reprodução)

Diante do aumento de casos de Covid-19, a discussão sobre o uso obrigatório de máscara volta a ser pauta em Goiás. Enquanto o Ministério Público (MP-GO) defende que seja realizado um estudo para avaliar a volta da barreira sanitária em ambientes fechados, alguns especialistas indicam outras estratégias. É o caso do infectologista Marcelo Daher.

“Sou mais a favor de ser opcional do que obrigatório, pois melhor ensinar que obrigar. Temos um aumento de casos neste momento, mas isso não tem levado ao crescimento de internações. Além disso, quando se olha para outras regiões, como São Paulo, já se observa um cenário de queda, que deve ser tendência nas próximas semanas”, avalia.

Ao Portal 6, o especialista diz que o uso e o material correto da máscara é o que de fato irá propiciar o proteção efetiva contra a doença. Dessa forma, apenas obrigar a população a usar o item, seria “ineficaz”, na visão do médico. “Não adianta vir com um decreto se as pessoas vão usar máscara de pano no shopping. Tem que ser N95 e bem ajustada”, afirma.

Todavia, Daher faz um alerta importante para alguns grupos. “Aconselho a usar a máscara os idosos, pessoas com comorbidades e aquelas que tiveram a doença de forma grave. Também é recomendado que se protejam os que convivem com eles”, pontua.

Para o infectologista, neste momento, o plano de ação do poder público deve ser garantir acesso à testagem e à vacinação. “O que a gente precisa é de acesso rápido ao diagnóstico e imunização, além de menos burocracia, por exemplo, na busca pela nova medicação”, ressalta.

Quanto ao governo federal, a cobrança deve ser quanto a compra de vacinas bivalentes. “São consideradas mais eficazes nos casos graves e precisam ser levadas à população rapidamente”, reivindica o especialista.

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