Em meio a ameaças e ataques em escolas, Clube de Tiro de Jataí realiza curso de atirador mirim
Imagens divulgadas pela organização mostram crianças segurando armas de airsoft enquanto estão sentadas
Imagens de um grupo de crianças, de ambos os sexos, segurando uma arma airsoft (arma de pressão) dentro de um clube de tiro, chamado Hunter Jataí, em Goiás, têm chamado a atenção nas redes sociais desde quarta-feira (12).
Os registros foram publicados pelo Instagram da organização, que afirmou que a ação fazia parte de um curso chamado “Projeto Hunter Atirador Mirim”.
Nas imagens, é possível ver os pequenos segurando as armas enquanto estão sentados em um banco. Já em outra foto, é mostrado até mesmo um pódio, indicando que, além das aulas, as crianças também participavam de competições.
As publicações chamaram a atenção dos usuários da web que criticaram a atitude do clube de tiro uma vez que, para eles, a ação incitaria ainda mais a violência entre os menores de idade.
“Preparando crianças para perpetuar as barbaridades que acontecem nas escolas de todo o país”, acusou um.
“Que horror meu Deus colocar uma arma nas mãos de uma criança”, comentou outro.
Em meio a onda de comentários negativos, o estabelecimento emitiu um comunicado na página oficial no Instagram.
Na publicação, o Clube de Tiro Hunter Jataí alega que as imagens foram tiradas no dia 01º de abril deste ano e faziam parte de uma atividade recreativa voltada a crianças e adolescentes, em que os pais dos menores autorizaram a participação deles.
De acordo com o estabelecimento, a intenção do evento foi ensinar o manuseio correto da arma airsoft e demonstrar que, mesmo não sendo fatal, o armamento possui regras de utilização “que devem ser respeitadas”.
O clube, fundado em 2021, também ressaltou que a legislação brasileira autoriza a comercialização do item para menores de 18 anos e que não traz nenhuma vedação para o curso ministrado.
“O clube Hunter repudia veementemente toda e qualquer prática irregular de tiro esportivo em seu estabelecimento e não comunga com qualquer ato de ódio ou violência de qualquer natureza”, afirmaram.