Goiana entra na Justiça para retirar sobrenome do pai que teria abusado sexualmente dela

Vítima ficou traumatizada após ser abusada pelo pai com três anos de idade e não teria contato com ele há mais de 15 anos

Augusto Araújo Augusto Araújo -
datas de nascimento
Certidão de Nascimento. (Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil)

Uma mulher em Goiânia busca ajuda da Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) para retirar o nome do pai e dos avós paternos e manter apenas o sobrenome da mãe nos documentos dela.

Identificada como Paula (nome fictício), ela afirma que não tem contato com o genitor há mais de 15 anos e que foi abusada sexualmente quando tinha apenas três anos de idade. Por medo, ela nunca denunciou o ocorrido.

Traumatizada, ela desenvolveu quadros de ansiedade, que só pioraram com o passar dos anos e começaram a afetar a vida dela. Assim, ela passou a assinar o nome apenas com o sobrenome da mãe, que sempre foi presente e afetuosa.

“O atual nome constante em sua certidão de nascimento e RG afeta diretamente sua dignidade, trazendo péssimas lembranças, de forma a refletir negativamente em todos os aspectos da sua vida”, destacou a defensora pública e colaboradora do Núcleo Especializado de Direitos Humanos (NUDH) da DPE-GO, Ketlyn Chaves de Souza.

Paula fez o pedido durante a última edição do projeto Dignidade na Rua, no dia 30 de março, no Cepal do Setor Sul.

Entretanto, o caso só veio a público na última semana. A ação foi protocolada pela DPE-GO no último domingo (16) e aguarda decisão judicial.

Agora, o órgão fez um pedido a realização de estudo psicossocial com a mulher, a ser realizado pela equipe multidisciplinar do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), para avaliar a capacidade de discernimento e as consequências da decisão.

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