No primeiro dia de trabalho, jovem de Anápolis sofre preconceito e volta para casa aos prantos: “seu cabelo é duro”

Ofensas racistas teriam partido de outra funcionária do local e uma notícia crime já foi registrada na Polícia Civil

Pedro Hara Pedro Hara -
Sede da Delegacia do Idoso, Pessoa com Deficiência, Crimes de Trânsito e Geacri, em Anápolis. (Foto: Reprodução)
Sede da Delegacia do Idoso, Pessoa com Deficiência, Crimes de Trânsito e Geacri, em Anápolis. (Foto: Reprodução)

Durante o primeiro dia de trabalho em uma loja de roupas, na Vila Jaiara, região Norte de Anápolis, uma jovem, de 29 anos, sofreu injúrias raciais e voltou para aos prantos.

O caso ocorreu nesta sexta-feira (28). O advogado Alex Costa, que representa a vítima, disse que as ofensas racistas teria partido de uma outra funcionária do local.

Ainda segundo o advogado, a suspeita teria dito para a vítima os seguintes desaforos: “seu cabelo é duro”, “nossa, seu cabelo é esquisito” e “sua franja é estranha”.

A notícia crime já foi registrada na Polícia Civil e as pessoas envolvidas serão ouvidas. Após a conclusão das oitivas o inquérito será remetido ao Poder Judiciário.

Ao Portal 6, Alex Costa informou que a vítima não deseja voltar a trabalhar no local por ter passado por uma situação extrema de racismo.

Ainda segundo ele, a gerente da loja não manifestou nenhuma providência a ser tomada em respeito à funcionária que cometeu o crime.

Caso a denúncia seja aceita, será dado o início de uma possível ação penal pelo crime de injúria racial. Neste caso, a pena pode chegar a até 05 anos de prisão e pagamento de multa.

Também há a possibilidade de processo por danos morais.

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