Às vésperas do Dia das Mães, região da 44 enfrenta queda no número de clientes nas ruas

Redondeza é considerado maior polo comercial de Goiânia, com quase 20 mil pontos comerciais

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Mega Moda
Imagem mostra pessoas circulando por dentro do shopping Mega Moda. (Foto: Divulgação/ Mega Moda)

A região da 44, no Setor Norte Ferroviário, é um dos maiores responsáveis pela movimentação do comércio goianiense. No entanto, diversos comerciantes assumiram uma postura de alerta perante o baixo fluxo de pessoas.

A redondeza reúne 19.560 pontos comerciais, 84 galerias, shoppings e 38 hotéis. Tais estabelecimentos geram em torno de 150 mil empregos e atraem 260 ônibus por mês, tanto com compradores goianos quanto de outros estados e até países.

Acostumados a bater a meta de receber, todos os meses, a circulação de 1 milhão de pessoas, conforme dados Associação Empresarial da Região 44 (AER-44), o comerciantes estão como uma pulga atrás da orelha.

A vendedora Marluce Felizardo Pinheiro, que atua no mercado de varejo desde 2017, conta que está espantada com o número baixo de pessoas que estão frequentando a região. “O movimento está muito estanho, caiu muito. Os nossos atacados, que compravam 10 mil peças por mês, agora não compram nem 4 mil. Todas as lojas estão com menos clientes.”

O mês de abril causou ainda mais medo, visto que tende a acumular mais visitantes por conta dos preparativos para o Dia das Mães. Porém, Marluce afirma que a expectativa não se concretizou.

De acordo com o presidente da AER-44, Lauro Naves, a diminuição de clientes físicos não implica queda de vendas. “Vendemos R$ 950 milhões por mês, mas a compra presencial está em queda desde 2019, já a compra virtual vem aumentando”.

“O lojista que não se adequar às vendas virtuais vai fechar as portas”, diz o presidente. Os sacoleiros tradicionais, em vez de passar um período na cidade para realizar as compras, estão optando por visitas rápidas aos fornecedores. Com isso, voltam para casa e realizam as compras on-line, explica Lauro.

Diante desse cenário, o empresário aponta que a AER-44 oferece capacitação para que os lojistas possam fazer a adaptação ao meio virtual. Enquanto isso, a região segue mudando. Os carros de som foram trocados por anúncios on-line, os hotéis passaram a focar em atletas e turistas para grandes shows e a tendência é de que o cenário não seja revertido.

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