Não será feito retorno para diminuir congestionamento no acesso ao Recanto do Sol
CMTT explica que via é federal, sob responsabilidade da Ecovias e ressalta ainda que melhor alternativa é a construção do viaduto
Cenas de engarrafamentos com centenas de metros já se tornaram comuns em algumas regiões de Anápolis. Muitas delas podem ser observadas, principalmente no entorno de viadutos e nos horários de pico – que se formam, sobretudo, no período de entrada e saída dos trabalhadores.
Ao Portal 6 alguns moradores relataram que, embora seja uma via de mão dupla, localizada na saída para a BR-153, ao lado do Condomínio Grand Trianon, no Bairro Boa Vista, o local é inacessível para o condutor que está fazendo o caminho sul – vindo da região do Anápolis City e do Bairro de Lourdes. Por isso, um retorno, ainda na BR-153, evitaria a necessidade de passar pelo viaduto do Recanto do Sol.
“Caso houvesse um retorno ainda na BR-153, antes de chegar ao trevo do Recanto do Sol, seria possível acessar o bairro sem ter que encarar o engarrafamento do viaduto. Eu moro no Bougainville, e isso já seria uma mão na roda para minha locomoção”, relatou o morador Rosembergue Silva.
O diretor da Companhia Municipal de Trânsito e Transportes (CMTT), Igor Lino Siqueira, explicou que, por conta de ser um rodovia federal, não basta que a atitude parta da Prefeitura de Anápolis. Contudo, com uma comprovação da relevância de tais alterações para o fluxo da cidade, tal medida teria que ser provocada.
“A gestão da rodovia é feita pela Ecovias Araguaia, portanto quaisquer alterações devem ser solicitadas à ela. Outra opção seria através da Agência Nacional de Trânsito e Transportes (ANTT), que é a gestora do contrato da concessão”, explicou.
Com o retorno, moradores de bairros como o Boa Vista, Residencial das Rosas, Setor Bougainville, Alvorada, Cidade Universitária e São Carlos poderiam entrar lateralmente na região sem a necessidade de se juntarem ao fluxo do viaduto que liga as avenidas Universitária, Brasil e as BRs-153 e 414.
Todavia, para que isso ocorra, o especialista apontou que há a necessidade da elaboração de um estudo. As chamadas contagem volumétrica e a pesquisa de origem-destino são duas formas de converter em números o movimento em tais locais e possibilitar uma relocação destes fluxos.
“O primeiro passo seria identificar quantos veículos essa abertura atenderia, e assim saber se ela tem relevância para desafogar uma porcentagem significativa dos viadutos Airton Sena e daquele da BR-414”, relatou.
Entretanto, o diretor da CMTT afirmou que a alternativa não deve entrar em vigor, visto que já há o projeto de construção de mais um viaduto no local. A obra, prometida desde 2019, tem previsão de lançamento para o ano de 2024 e promete atender as regiões citadas.