“Estou voltando de coração aberto”, diz Mendanha sobre o retorno ao MDB

Ex-prefeito de Aparecida conta ainda que abrirá escritório político em Goiânia e reafirmou a vontade dele de disputar a chefia do Executivo da capital

Pedro Hara Pedro Hara -
“Estou voltando de coração aberto”, diz Mendanha sobre o retorno ao MDB
Gustavo Mendanha é ex-prefeito de Aparecida de Goiânia. (Foto: Reprodução)

A partir deste domingo (02), o Portal 6 passa a publicar entrevistas com personalidades do estado de Goiás como uma das novidades trazidas com o retorno da Seção Rápidas.

Gustavo Mendanha (MDB), ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, foi o escolhido para a estreia.

Ele diz que volta para o MDB, oficialmente, no mês de agosto e reafirma o interesse em disputar a Prefeitura de Goiânia caso a Justiça Eleitoral autorize.

Por enquanto, ele segue morando em Aparecida e contou que está montando um escritório político na capital com a ajuda de amigos.

Ana Paula Rezende, filha do ex-prefeito Iris Rezende, também é vista como alternativa para o MDB voltar à Prefeitura de Goiânia.

Mendanha também agregou Ronaldo Caiado ao leque de agentes políticos a quem o MDB precisa ouvir para se preparar para a disputa, além do vice-governador Daniel Vilela, presidente do partido.

6 perguntas para Gustavo Mendanha

1. Como está sendo o seu retorno ao MDB?

Gustavo Mendanha: Meu retorno ao MDB está marcado para agosto. A ideia nos próximos dias é sentar com o Daniel para gente poder marcar, convidar algumas lideranças nacionais para fazer uma grande festa. Um retorno triunfal ao partido que eu estive filiado todo o tempo. Deixei ele pra disputar a eleição de governador, mas estou voltando de coração aberto. Não só com o Daniel, mas com tantos amigos que lá deixei.

2. Se arrepende de ter concorrido ao Governo de Goiás? Não acha que tenha sido uma decisão precoce dar este salto?

GM: Não me arrependo de forma alguma. Foi um passo importante na minha carreira, embora eu tenha ficado sem mandato, eu nunca fui preso a mandato. Acho que foi uma oportunidade dos goianos me conhecerem, conhecerem o modelo de Aparecida. E mesmo sem tempo de televisão, sem fundo partidário, tive quase 1 milhão de votos. Acho que foi uma grande vitória eleitoral, não tivemos êxito em ter um mandato, mas por tudo que essa eleição foi, uma eleição polarizada nacionalmente, onde o Bolsonaro tinha um candidato, o Lula tinha outro e eu sem apoio de nenhum deles, sem estrutura de governo tive uma grande votação. Não me arrependo hora nenhuma. Acho que foi acertado e fiquei muito feliz com o resultado.

3. Se conseguir a viabilidade jurídica para disputar a Prefeitura de Goiânia, você será candidato?

GM: Eu sempre disse, caso a Justiça entenda e eu possa disputar a eleição, meu nome vai estar à disposição. Pelas pesquisas poderia ser algo interessante para o partido, mas não foi algo consonante para eu voltar. Se der certo vou conversar com o Daniel, com a Ana Paula, com o próprio governador para colocar meu nome a disposição, mas não quer dizer que se isso acontecer serei candidato. Eu acho que os números mostram um desejo dos goianienses e isso talvez facilite, mas nós precisamos ter essa aprovação, essa mudança de resolução, para que isso possa ocorrer.

4. E se a filha do Iris Rezende também quiser ser?

A Ana Paula se ela quiser ser candidata, mesmo com a minha liberação, eu não teria dificuldade nenhuma de apoiá-la, tanto pela história dela, do pai, da mãe. Eu que sou um admirador da história do Iris, sempre o acompanhei junto com meu pai, não teria dificuldade nenhuma de apoiar a Ana Paula. Isso não muda em nada o meu retorno ao MDB.

5. Ainda mora em Aparecida?

Moro em Aparecida, na região Central. Tenho até março do ano que vem para fazer a mudança caso a liberação aconteça, mas estou sempre frequentando, estamos com um escritório sendo montado com alguns amigos. Em breve eu terei este escritório em Goiânia, mas ainda não me mudei e farei isso a partir do momento em que achar oportuno.

6. O quanto você se considera responsável pelo crescimento de Aparecida, que antes era vista apenas como uma cidade dormitório e agora atrai diversas empresas, que escolhem a cidade ao invés do DAIA?

GM: Eu tenho uma participação importante, não só como prefeito, mas como vereador, presidente da Câmara, aprovando projetos que foram importantes para o desenvolvimento da cidade, Plano Diretor, Aeroporto Executivo Antares, Shopping Aparecida, várias obras que foram executadas. Eu participei do planejamento junto ao prefeito Maguito Vilela e como prefeito. Tem várias obras que são importantes que com certeza são marcos para a cidade. Eu diria que também na pandemia a cidade de Aparecida deu uma lição para o Brasil e para o mundo. Diferente de várias cidades, a gente seguiu o modelo israelense e adaptamos para a nossa realidade, acho que foi um momento alto da nossa gestão. São sementes que foram plantadas ao longo dos últimos anos, eu acho que tive a oportunidade de viver o grande momento de Aparecida, onde nós conseguimos ser a segunda cidade que mais empregou no país, sair de 30 e pouco mil empresas ativas e deixando a prefeitura com quase 80 mil. Um hospital municipal gerido pelo Albert Einstein, a cidade inteligente. São várias conquistas. O poder público tem seu papel e os empresários fizeram um grande trabalho, a gente só ajuda. Aprendi uma máxima com o Maguito: prefeito que não pode ajudar, não atrapalha. A gente tem feito isso. A cidade tem muito a ganhar, uma participação importante na cidade de Aparecida e eu faço parte da história.

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