Justiça nega pedido de prisão preventiva da ex-funcionária de pet shop que teria matado cadelinha

Em depoimento, Laurice Damasceno alegou que estava tentando conter a cadela e que não achou que o animal fosse "tão frágil"

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Luma maus tratos em Goiânia
Luma maus tratos em Goiânia. (Foto: Reprodução)

A ex-funcionária do N Pet’s, Laurice Lima Damasceno, que foi filmada espancando a cachorra Luma, no dia 17 de junho, em um pet shop do Jardim América, em Goiânia, teve o pedido de prisão preventiva negado pela Justiça. O animal faleceu um dia depois por problemas neurológicos causados pelas agressões.

A informação foi divulgada nas redes sociais por meio de um vídeo do delegado e deputado estadual Eduardo Prado (PL), no sábado (01).

Na gravação, o parlamentar afirma que a mulher foi indiciada pelo crime de maus-tratos qualificado pela morte da cachorra, com pena de 2 a 5 anos.

O pedido de prisão preventiva da ex-funcionária teria sido solicitado pela Polícia Civil (PC) dias após a confirmação do falecimento do animal.

No entanto, a demanda foi negada pela Justiça, sendo concedida somente uma medida cautelar de busca e apreensão na residência da suspeita.

Vale lembrar que o inquérito que investiga o caso foi concluído pela PC na sexta-feira (30) e uma denúncia foi encaminhada até o Ministério Público Estadual (MPGO), que irá decidir se a funcionária será ou não denunciada à Justiça.

Relembre o caso

Câmeras de segurança do pet shop N Pet’s flagraram, no dia 17 de junho, a funcionária Laurice Damasceno espancando a cadela Luma no momento de secagem após o banho.

Na gravação, a mulher aparece dando socos, empurrões, além de jogar a cadela no chão, chacoalhá-la e enforcá-la por diversas vezes.

Em um dado momento, uma outra funcionária, Tatiana Fragos, aparece no local e presencia algumas cenas. Pouco tempo depois, ao notar que o animal está mal, ela comunica a situação à dona, que foi responsável por levar Luma até um pronto socorro veterinário.

A cachorra, que completaria três anos em agosto, foi entregue tendo espasmos e passou por uma tomografia, que constatou lesões na coluna. Ela não resistiu e faleceu um dia após as agressões.

Um laudo pericial feito pela Polícia Civil (PC) confirmou que o falecimento de Luma aconteceu em decorrência das agressões e que o animal foi asfixiado.

“Concluímos depois do exame de necrópsia que [a morte] ocorreu devido à asfixia. Nas imagens, o animal já apresenta alguns sintomas neurológicos de que ele é agredido. Na necrópsia, Luma tinha congestão e edema cerebral, que justificam já o óbito, e congestão visceral. Ela também tinha outros sinais decorrentes das pancadas que levou, além de hematomas”, afirmou a perita Bruna Patini ao G1.

Em depoimento, Laurice Damasceno alegou que estava tentando conter a cadela e que não achou que o animal fosse “tão frágil”.

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