Estratégias para diminuir índices de violência contra mulher surtem efeito em Goiás

Dados foram divulgados durante um balanço de ações das Forças de Segurança estadual da SSP

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) da Região Noroeste de Goiânia, no Jardim Curitiba. (Foto: Divulgação/ Wildes Barbosa)Estratégias para diminuir índices de violência contra mulher surtem efeito em Goiás
Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) da Região Noroeste de Goiânia, no Jardim Curitiba. (Foto: Divulgação/ Wildes Barbosa)

A concentração de esforços aliado a sequência de ações para fortalecer a segurança pública em Goiás e diminuir os índices criminais, surtiram efeito em uma área que é um dos algozes do setor no estado: os crimes de violência contra a mulher.

A mudança no quadro foi divulgada em um balanço de ações das Forças de Segurança estadual da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), na última terça-feira (18), e apresenta um comparativo entre os indicadores criminais do primeiro semestre de 2022 e 2023.

De acordo com o levantamento, o número de casos de feminicídio tentado – homicídio doloso, consumado ou não, que é praticado contra a mulher apenas por elas serem do sexo feminino – reduziu de 81 para 72, ou seja, 11,1%.

Os efeitos vem ao encontro de estratégias aplicadas pelo governo estadual, como o lançamento do aplicativo Mulher Segura, a criação da Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher (Deam), a adesão do protocolo “Todos Por Elas “em bares e restaurantes, além da expansão do Batalhão Maria da Penha para todos os 246 municípios goianos.

Como consequência, as ações proativas em combate à violência também aumentaram. Somente no primeiro semestre, 13.786 acompanhamentos de medida protetiva de urgência via online foram realizados – o que representa um aumento de 139,42% se comparado ao mesmo período de 2022, com 2.345 casos.

O recebimento de ordens judiciais dessa natureza também sofreu elevação e saltou de 2.345 até 4.799 – ou seja, 104,65%. Já os trabalhos de acompanhamento de medida protetiva de urgência, de modo geral, tiveram uma variação de 78,11%, indo de 8.292 no ano anterior para 14.769, em 2023.

Já as ações de assistência social à mulher assistida e apoio policial para retirada de bens pessoais tiveram um salto de 29,14% e 2,84%, respectivamente. Em contrapartida, operações de afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima tiveram uma diminuição de 45 casos, em 2022, contra 44 neste semestre (-2,22%).

Outros indicadores

Além da redução nos índices de feminicídio tentado e aumento de ações proativas, o número de roubos a transeuntes no primeiro semestre caiu de 6.150 mil em 2022 para 4.321, em 2023.

Crimes de roubo de veículos também caíram durante o primeiro semestre e foram de 781 no ano anterior para 515. Já furto a transeuntes, em residência e de automóveis tiveram uma queda de 27,30%, 16,3% e 14,10%, cada.

Roubos em propriedade rural também diminuíram e saltaram de 57 registros para 43, durante o primeiro semestre de 2023 – ou seja, 25%.

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