Bolsonaristas de Anápolis veem Roberto como oportunista e fizeram santinho revelador chegar ao WhatsApp do ex-presidente
No vale tudo contra Lula, que vigorou durante os dois turnos da eleição, todo voto contava e a máquina da “Política do Bem” não ajudou
Se engana quem pensa que Roberto Naves (PP) e Jair Bolsonaro (PL) se tornaram amigos ou mais próximos devido à noite gloriosa de fotos, vídeos e poses da última sexta-feira (21), por conta da entrega da comenda Gomes de Souza Ramos ao ex-presidente.
Os chamados “bolsonaristas raiz” do município, que fizeram campanha de graça para Bolsonaro na última eleição, ainda nutrem uma espécie de mágoa contra o prefeito.
É que no chapão da “Política do Bem”, com promessa de doação de lotes e entregas de cestas básicas, o então presidente em busca da reeleição ficou de fora.
Para quem não se lembra era esse o mote dos candidatos de Roberto Naves, que se traduzia em santinhos e demais materiais gráficos para campanha.
Os candidatos para quem servidores comissionados tinham de pedir voto nas ruas apareciam com fotos, nomes e números de Vívian Naves para deputada estadual; Leandro Ribeiro para federal; Alexandre Baldy para o senado; Ronaldo Caiado para governador e nenhuma indicação para candidato a presidente da República.
Empresários e lideranças políticas da cidade fizeram essa “colinha” chegar ao atual WhatsApp de Bolsonaro.
Pessoas do entorno do ex-presidente confessam que esse tipo de coisa o baqueia, pelo fato dele ter perdido a eleição por muito pouco para Lula.
Pois, no vale tudo contra o petista, que vigorou durante os dois turnos da eleição, todo voto contava.
Peixe difícil de pescar
Vale lembrar que desde que voltou das férias no Araguaia, Roberto tenta fisgar Major Vitor (PL) para ser o candidato dele à Prefeitura de Anápolis.
Chegou a vazar essa “bomba” na imprensa local, mas foi desmentido pelo ex-deputado estadual via Portal 6, O Popular e Mais Goiás.
Roberto tem dito a aliados próximos que cooptar o Bolsonarismo em Anápolis, que nunca se cristalizou na figura de nenhum político local, seria o xeque-mate que ele tanto precisa.
É que pesquisas internas mostram que se a eleição fosse hoje, devido aos problemas da atual gestão, um candidato de Roberto não teria condições de ao menos chegar ao segundo turno.
Opção no carteado que também não quer
Por isso, a outra carta na manga do atual prefeito de Anápolis é forçar uma composição com o MDB.
Esbarra em Márcio Corrêa, presidente municipal do partido, que não está nem um pouco disposto a essa investida.
O vice-governador Daniel Vilela também já disse que não passará por cima de Márcio e cabe ao amigo e correligionário definir como a legenda disputará as eleições anapolinas em 2024.
Gayer sendo rifado
A reeleição de Rogério Cruz (Republicanos) também é um dos objetivos de Roberto Naves. O prefeito de Anápolis faz parte do grupo de conselheiros reunidos pelo marqueteiro Jorcelino Braga para ajudar Cruz.
Para tanto, passa pelo cálculo do tabuleiro, fazer o PL não ter candidato na capital. Coisa que não agrada nem um pouco o deputado federal Gustavo Gayer (PL), que trabalha para ser o candidato do Bolsonarismo na cidade.
Sonho difícil, mas com histórico favorável
Em entrevista recente ao Portal 6, Rubens Otoni (PT) disse que uma das prioridades do sexto mandato dele como deputado federal é trazer a UFG para Anápolis, sonho antigo nutrido na cidade.
Rubens foi um dos viabilizadores da instalação do atual campus do IFG no município.
Novas linhas de ônibus intermunicipais em Goiás
A Agência Goiana de Regulação (AGR) aprovou a emissão de autorizações para três empresas operarem 32 novas linhas de transporte intermunicipal de passageiros no estado.
As companhias que vão operar nestes novos trechos são a Cooperativa de Transporte e Turismo da Cidade Ocidental (Cooptro), na região do Entorno do Distrito Federal, a Evolução Transportes, em Anápolis, Inhumas, Nerópolis, Goiânia, Cristalina e Novo Gama, e a Primeira Classe Transportes, que vai atuar nas regiões Sul, Sudeste e Sudoeste.
Nota 10
Para os produtores do show do Nx Zero, que se apresentaram no Goiânia Arena, no último sábado (22).
A banda fez a alegria principalmente dos que foram adolescentes na década passada e provou, novamente, que a capital tem se tornado cada dia mais uma cidade com público que não gosta só de sertanejo.
Nota Zero
Para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, que está atrasando o repasse de insumos para três maternidades de capital que são administradas pela Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG).
A dívida é de R$ 67 milhões e os pagamentos estão atrasados desde 2021.