Diferentes versões: agressão a motorista na Rodoviária de Anápolis vira caso de polícia

Vítima conta que também foi insultada com termos, como "corno safado" e "velho atrevido"

Davi Galvão Davi Galvão -
Marcas das agressões na vítima. (Foto: Reprodução)Diferentes versões: agressão a motorista na Rodoviária de Anápolis vira caso de polícia
Marcas das agressões na vítima. (Foto: Reprodução)

Enquanto esperava passageiros para fazer o trajeto Anápolis – Brasília, um motorista de lotação, de 61 anos, que preferiu não ser identificado, afirmou ter sido vítima de “injusta agressão” por um segurança do Grupo Elite. O profissional, porém, apresenta outra versão.

O caso aconteceu na manhã desta segunda-feira (22), no Terminal Rodoviário Josias Moreira Braga – a Rodoviária de Anápolis – por volta das 06h30.

Ao Portal 6, o idoso relatou que estava conversando com colegas enquanto aguardava passageiros, no momento em que um casal questionou-o acerca de onde se encontrava determinado guichê.

Foi nesta hora, sem motivo aparente, que ele sustentou ter sido vítima de uma violência injustificada. Segundo a vítima, o segurança se aproximou por trás e o derrubou no chão, enquanto o golpeava com um cassetete, deixando diversos hematomas pelo corpo.

Ele ainda afirmou que o agressor lhe dirigiu palavras como “seu corno safado, velho atrevido. Se você pensa que não tem homem aqui na Rodoviária, encontrou hoje”.

Após o ocorrido, o motorista se retirou do local e procurou uma delegacia para representar contra o segurança.

Outra versão

Por outro lado, o segurança afirma que havia tentado conversar com os motoristas diversas vezes, afirmando que a lotação seria um ato irregular, momento este no qual, segundo ele, teria sido agredido pelos caroneiros e apenas se defendido.

Testemunhas ouvidas pela reportagem apontaram que o idoso estaria ofertando as viagens em frente ao guichê, captando clientes que tentavam comprar passagens, tendo sido este advertido diversas vezes pelo segurança acerca da atitude, que não é permitida.

Apesar disso, elas afirmam que o segurança realmente empurrou o homem, mas que nenhuma outra agressão foi feita. Relato este que se contradiz com a versão da vítima e de outras testemunhas – além do próprio relatório médico realizado pela Polícia Científica e encaminhado à reportagem pelo idoso.

Relatório médico realizado pela perícia Técnico Científica, e encaminhado à reportagem pelo idoso. (Foto: Reprodução)

No documento, constam-se escoriações e lesões corporais na região da escápula, joelho e cotovelo. A Polícia Civil (PC) investiga o caso. Procurado, o Grupo Elite não retornou os contatos.

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