Após mudança de comportamento, mãe descobre que filho autista era amarrado com cinto em cadeira
Rotina foi alterada após retorno das aulas escolares no segundo semestre
A resistência em retornar para a escola e o comportamento agressivo por parte do filho, de 03 anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), levaram uma mãe, de 30 anos, a descobrir que a criança era vítima de maus tratos, sendo, inclusive, amarrada com um cinto na cadeira. O caso aconteceu na quinta-feira (17), em Posse.
Conforme apurado pelo Portal 6, toda a situação teve início em janeiro deste ano, após a genitora matricular o menor em uma unidade de ensino no município.
Já no momento da matrícula, conforme ela, informou à instituição sobre o diagnóstico do menor, mas foi respondida de que a escola tinha uma “estrutura adequada” para receber o pequeno e que haviam outros alunos com TEA. No entanto, ela foi alertada para o fato de que não teria uma professora auxiliar.
Mesmo sem o apoio da profissional, a mãe decidiu matricular o filho na instituição. No entanto, meses depois, algumas atitudes do pequeno começaram a causar estranheza na mãe.
Isso porque desde o retorno das férias de julho, a criança, que antes gostava de ir para escola, passou a apresentar um comportamento divergente do habitual, como chorar muito, pedir para guardar o uniforme, além de demonstrar um comportamento agressivo em casa.
Tomada pela suspeita de que algo não estava bem, a mãe então decidiu olhar as câmeras de monitoramento que davam acesso a sala em que o filho estava. Foi neste momento que ela flagrou a criança sentada em uma cadeira, presa com um cinto.
De imediato, a mulher se deslocou até a escola e pediu para falar com a diretora da instituição. Ao indagá-la sobre o ocorrido, a genitora foi informada de que o menor foi colocado na situação para evitar com que ele batesse nos colegas e “deixasse a professora dar aula”.
Após a resposta, a mãe retirou o filho da instituição e denunciou o ocorrido em uma delegacia da Polícia Civil (PC) no município. Em depoimento, por sua vez, a proprietária da instituição de ensino particular negou as acusações. O caso será investigado pela PC.