Entenda como jovem de 20 anos ficou conhecido como o maior mentiroso de Goiás
Apelido ganhou força pela lista extensa de delitos que o rapaz, mesmo com tão pouca idade, acumula
Histórias inventadas fomentaram e fizeram o jovem Manoel Cautrins Pacheco, de 20 anos, conquistar o título de “maior mentiroso de Goiás”. Mas o apelido não é fruto do acaso, e sim fortalecido pelo ‘currículo problemático ‘ que ele possui.
Morador de Goiânia, o rapaz se apresentava como compositor e produtor musical de sucesso para aplicar diferentes tipos de golpes. Para ter mais credibilidade e atrair vítimas para golpes, ele dizia atender famosos, como Anitta e a dupla Simone e Simaria, tendo até inscrição na Ordem dos Músicos do Brasil.
Até mesmo o nome utilizado por ele divergia da realidade. Para as possíveis alvos, ele se apresentava como sendo Gabriel Pacheco.
Foi por meio dessas técnicas que Manoel estaria comentando uma sequência de delitos. Em um churrasco no meio artístico, por exemplo, o rapaz teria conseguido roubar um total de R$ 12 mil.
Um conceituado advogado da capital também afirmou ser uma das vítimas do suposto produtor. Durante uma suposta consultoria dada ao jovem, o profissional teria sido ludibriado e perdido R$ 12 mil. Todos os relatos foram compartilhados pelas vítimas em um perfil do Instagram.
Estabelecimentos como bares e boates também seriam um ponto alvejado pelo rapaz, onde o mesmo, supostamente, aproveitava para consumir entre R$ 400 e R$ 1 mil e fugir dos locais sem pagar.
Uma das vítimas, que denunciou o jovem formalmente na Polícia Civil (PC), alegou ter alugado um apartamento do suspeito. No entanto, ela afirma ter sido chamada na administração do prédio e descoberto que, na realidade, o imóvel não pertencia a Manoel.
“A administração do prédio, vendo todo o movimento, me perguntou o que eu era pro Manoel. Eu disse que havia locado o apartamento dele, mas eles me disseram que ele não era dono daquele apartamento”, disse a mulher, que preferiu não se identificar, ao Balanço Geral.
Até mesmo um lote comercial, no valor de R$ 655 mil, teria sido comprado pelo rapaz, sob a afirmação de que ele era sócio de uma empresa de marketing digital. No entanto, o pagamento teria sido feito através de um comprovante falso.
Para além do golpes, Manoel também possui passagem pela polícia por violência doméstica e tem uma medida protetiva contra uma ex-companheira – esta inclusive procurou uma delegacia para denunciar que o rapaz estava descumprindo a ordem judicial e ameaçando-a, o que a fez até mudar da faculdade presencial para a online.
Ele também possui registros e aparece como suspeito de roubar a identidade de um primo, de invadir uma residência e de quebrar a moto de um homem.