Goiano que fingia ser pastor para prender pessoas em clínicas clandestinas é investigado por morte de interno

Alécio Gomes viajava pelo país para buscar os "pacientes" e já havia sido detido pelo sequestro de uma mulher

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Goiano que fingia ser pastor para prender pessoas em clínicas clandestinas é investigado por morte de interno
(Foto: Reprodução/Polícia Civil)

A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) deve finalizar, nos próximos dias, o inquérito que apura a participação de Alécio Gomes, de 42 anos, em uma série de crimes como sequestro, cárcere privado e até homicídio qualificado.

A informação é do delegado titular de Posse, Humberto Soares, que explicou ao Portal 6 que o homem se passava por pastor, se aproximava de familiares e os convenciam a internarem dependentes químicos em uma clínica de reabilitação.

O homem, inclusive, viajava pelo país para buscar os “pacientes”, sem ordem judicial e à força.

“Ele recebia por interno e também por km rodado para buscá-lo. Por exemplo, para cada km, recebia R$ 20 a R$ 30”, apontou o delegado.

O investigador também destacou que Alécio fornecia pacientes para diversas outras clínicas clandestinas.

Com passagens por furto, falsificação de documento público, violência doméstica, entre outros, a última prisão do suposto líder religioso ocorreu em 1º de agosto, por homicídio qualificado, após a morte de um interno que levou um “mata-leão”, em Abadia de Goiás. Ele segue detido desde então.

Prisão anterior

Em outra ocasião, o homem havia sido indiciado pelo sequestro de uma mulher em Uberlândia (MG), com a intenção de interná-la em Goiás.

O delegado responsável pelo caso, Fabiano Henrique Jacomelis, afirmou à reportagem que Alécio foi preso após uma denúncia de que a vítima estava amarrada no banco traseiro de um carro ao passar pelo pedágio de Itumbiara.

A prisão em flagrante ocorreu n tarde do último dia 16 de junho. O investigador relatou que o marido da vítima, que também acabou detido, pediu a internação por ela ser usuária de drogas.

“Quando foram presos, [os dois] falaram que estavam agindo conforme a lei determina, à pedido do marido”, revelou.

A mulher, por sua vez, alegou que aplicaram uma injeção para que ela desmaiasse e fosse sequestrada. Apesar disso, ambos pagaram fiança e foram liberados.

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