Servidores da educação de Goiânia anunciam greve a partir da próxima segunda-feira (02)
Tomada de decisão foi realizada durante uma assembleia em frente ao Paço Municipal


Horas depois do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), afirmar não acreditar em uma greve dos servidores da educação, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Goiás (Sintego) informou uma paralisação na rede municipal a partir da próxima segunda-feira (02).
O anúncio foi feito na terça-feira (26) durante uma assembleia realizada em frente ao Paço Municipal e comandada pela presidente da Sintego e deputada estadual Bia de Lima (PT).
Entre as reivindicações da categoria, estão: reajuste de 6% no pagamento da data-base de 2023, novo plano de carreira e aumento no auxílio locomoção de R$ 300 para R$ 600.
Apesar da confirmação, segundo Bia, a expectativa é que uma contraproposta seja apresentada até sexta-feira (29), o que pode suspender a greve.
“Se até lá, apresentarem uma boa proposta, vamos nos reunir novamente e podemos suspender a greve. Se não, a greve já foi anunciada e do ponto de vista jurídico está tudo certo”, diz.
Momentos antes do anúncio, Rogério Cruz afirmou que esperava uma sensibilidade dos servidores em não optar pela greve e chegou a citar algumas dificuldades financeiras do município.
“Acredito que não vai ter greve. O administrativo sabe da responsabilidade e o processo tem sido realizado com todos os servidores da prefeitura”, destacou.
Em nota enviada à imprensa, a Secretaria Municipal de Educação (SME) afirmou que segue avaliando com responsabilidade fiscal e técnica as demandas apresentadas pelos profissionais administrativos da educação e que segue aberto ao diálogo com a categoria.
Leia a nota completa na íntegra:
“O município avalia com responsabilidade fiscal e técnica as demandas apresentadas pelos profissionais administrativos da educação, e segue aberto ao diálogo com a categoria.
A Secretaria Municipal de Educação (SME) enviou as propostas apresentadas pelos profissionais à Secretaria Municipal de Administração (Semad) para estudo e avaliação do impacto orçamentário-financeiro.
É importante destacar que projeções da Secretaria Municipal de Finanças (Sefin) apontam queda na arrecadação em decorrência dos repasses do governo federal e a possibilidade de que o município alcance o limite prudencial de despesa com pessoal estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Diante desse cenário de quedas vertiginosas de repasses federais, a prioridade é cumprir com os valores previstos no orçamento público, reduzir as despesas de custeio e priorizar as ações que visam a manutenção do equilíbrio das contas públicas.
Por fim, o município destaca que a valorização dos profissionais também é uma prioridade. A gestão criou o auxílio locomoção de R$ 300 e trabalha na elaboração do plano de cargos da categoria. Além disso, quitou três data-base e cumpre o pagamento da folha dentro do mês trabalhado, garantindo os direitos já adquiridos pelos servidores.”