UniEVANGÉLICA tem estudo inovador para testar a viabilidade de transplante de órgãos animais em seres humano

Iniciativa acende uma chama de esperança para pessoas na fila do tranplante

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UniEVANGÉLICA tem estudo inovador para testar a viabilidade de transplante de órgãos animais em seres humano
Pesquisa é realizada na UniEVANGÉLICA. (Foto: Wildes Barbosa)

O transplante de coração do apresentador Fausto Silva levou a uma ampla exposição sobre o tema. A esperança para quem está na fila de espera por um órgão é um dos focos das principais discussões a respeito do assunto. Na Universidade Evangélica de Goiás – UniEVANGÉLICA, um estudo inovador testa a viabilidade de transplantar um órgão de origem animal em seres humanos.

“A Bioengenharia de tecidos  é uma ferramenta terapêutica em potencial na obtenção de órgãos funcionais para transplante em pacientes com doenças avançadas e terminais crônicas. Embora a Bioengenharia apresente uma abordagem médica regenerativa para os diversos órgãos, ela necessita ser melhor desenvolvida para a obtenção de protocolos mais eficientes, tendo poucos relatos de estudos voltados para essa técnica”, explica o Professor Doutor Luis Vicente Franco de Oliveira, coordenador do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Movimento Humano e Reabilitação da Universidade Evangélica de Goiás – UniEVANGÉLICA.

Estão em andamento estudos na instituição para contribuir com essa possibilidade. Uma das etapas para que isso possa ocorrer é a chamada descelularização, que consiste na remoção das células de um tecido ou órgão animais, permanecendo apenas a estrutura que os envolve.

As pesquisas feitas na UniEVANGÉLICA são feitas com o objetivo de testar a viabilidade desse produto descelularizado em seres humanos, o que acende uma chama de esperança para pessoas na fila do tranplante.

“A Bioengenharia renal é particularmente difícil devido à variedade de células envolvidas e à complexidade estrutural dos diferentes órgãos. No entanto, muitos obstáculos técnicos ainda precisam ser superados para se alcançar um novo órgão reconstruído viável para transplante. Outro fator importante que prejudica a recelularização de órgãos é a contaminação do scaffold, materiais fundamentais na formação de novos tecidos. Após o processo de descelularização, é necessário que o scaffold seja esterilizado, garantindo que a matriz extracelular esteja livre de qualquer microrganismo prejudicial ao ser humano”, explica ainda Luis Vicente Franco de Oliveira sobre estudos da instituição envolvendo rins.

Também está em andamento pesquisa que pode servir para o sucesso de transplantes pulmonares. Nesse caso, órgãos provenientes de porcos têm sua viabilidade testada.

“De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, em 2019, 3,23 milhões de pessoas vieram a óbito por doenças pulmonares, sendo a terceira principal causa de morte no mundo. Nos casos mais avançados de doenças pulmonares crônicas onde o paciente não responde às terapias medicamentosas e à reabilitação pulmonar, o transplante pulmonar é considerado a melhor alternativa capaz de melhorar a qualidade de vida e aumentar a sobrevida”, detalha Luis Vicente Franco de Oliveira, coordenador do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Movimento Humano e Reabilitação da Universidade Evangélica de Goiás – UniEVANGÉLICA.

Conforme evidenciou, mesmo com o avanço das técnicas cirúrgicas, o sucesso dos transplantes pulmonares ainda é limitado.

“Os objetivos deste estudo foram o de desenvolver um protocolo otimizado identificando o método químico mais eficiente no processo de descelularização de pulmões de origem animal. Trata-se de um estudo experimental, desenvolvido no laboratório de Cultura de Células da UniEVANGÉLICA”, pontua.

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