Perito do IML é preso por corrupção ao tentar transferir dinheiro da conta de estudante de medicina falecida
Ele furtou o celular da vítima e ainda procurou um delegado, para tentar saber se a ação era ilegal
Um perito do Instituto Médico Legal (IML) foi preso em Mineiros após questionar um delegado se seria ilegal transferir para si o dinheiro de uma estudante de medicina que havia falecido. Na ocasião, ele afirmou que teve acesso ao celular da vítima e que a conta bancária possuía R$ 6 mil.
Na noite da última quinta-feira (05), por volta das 20h, um delegado da Polícia Civil (PC) estava em uma pizzaria no bairro de Martins com outros agentes quando alguns peritos do IML chegaram na mesa.
Em determinado momento, foi levantado um assunto sobre uma aluna de medicina que havia se suicidado na semana anterior. Assim, um dos peritos, de 38 anos, afirmou que teve acesso ao celular da vítima de forma ilegal e constatou que ela trabalhava com prostituição.
Além disso, o suspeito falou sobre um possível esquema de venda de remédios ilegais em farmácias da cidade. Com isso, o delegado interviu e sugeriu que o perito levasse o celular à uma delegacia para ser analisado.
Então, quando o profissional se afastou para fumar, o suspeito o seguiu e perguntou se seria ilícito transferir a quantia de R$ 6 mil que estava na conta bancária da vítima para si, visto que ele tinha acesso ao aparelho. Como resposta, o delegado destacou que se trata de uma atividade ilegal e que o valor deveria ser transferido à família.
O perito, por sua vez, rebateu e disse que a família não saberia da profissão da vítima e, portanto, não teria conhecimento do dinheiro, implicando que não seria necessário levar o caso à delegacia, na esperança de que o delegado concordasse.
Diante disso, o profissional foi até o IML com o suspeito e pediu que ele acessasse o celular, o que o deixou visivelmente nervoso. Ao carregar o aplicativo do banco, foi identificado que a conta possuía somente R$ 1 mil, momento em que o delegado conduziu o perito à delegacia e deu voz de prisão pelo crime de corrupção ativa.
A Polícia Civil (PC) investiga o caso.