Mecânico acusado de matar covardemente motorista de aplicativo vai a júri popular nesta segunda (13)

Vítima teria sido atingida por vários disparos, mesmo após cair no chão

Gabriella Pinheiro Gabriella Pinheiro -
Mecânico Ivan Carlos Santarino e motorista de aplicativo Edimar Alves Taveira.
Mecânico Ivan Carlos Santarino e motorista de aplicativo Edimar Alves Taveira.(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Passados exatos 10 meses, o mecânico Ivan Carlos Santarino, de 46 anos, acusado de matar  a tiros o motorista de aplicativo Edimar Alves Taveira, enfrenta júri popular nesta segunda-feira (13). O crime aconteceu no dia 13 de janeiro, no Setor Jardim Novo Mundo, em Goiânia.

O julgamento, que será presidido pelo juiz da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri da capital, Jesseir Coelho de Alcântara, teve início às 08h30 e segue ocorrendo no auditório do Fórum Criminal, localizado no Jardim Goiás.

Conforme constatado nos autos do processo, a vítima, que utilizava um carro Gol G6 para o trabalho, havia tido um problema com o funcionamento do veículo no dia 02 de janeiro.

Embora possuísse um mecânico de confiança, o profissional não estava na cidade no momento e, então, Edimar decidiu levar o automóvel até Ivan.

Na ocasião, após uma avaliação, o acusado teria informado que teria que trocar algumas peças para que o problema fosse resolvido e que o valor do serviço ficaria em R$ 300.

Contudo, mesmo depois dos reparos, o veículo ainda continuou apresentando falhas, motivo que fez com que a vítima retornasse até a oficina.

Dessa vez, Ivan teria afirmado que o defeito seria o cabeçote e que o valor para a realização do reparo ficaria em R$ 1,2 mil.

Apesar de ter aceitado o preço cobrado pelo serviço, ao retornar para buscar o automóvel no outro dia, Edimar foi surpreendido com outra quantia.

Novamente, o veículo continuou apresentando problema, motivo que levou o motorista a procurar outro profissional, que o informou que o serviço não havia sido feito de forma correta e que as peças colocadas eram usadas.

Assim, no dia 13 de janeiro, a vítima, juntamente com a esposa, foram até a oficina de Ivan para buscar a capa de motor que havia ficado no local.

Durante a ida, Edimar teria saído para buscar o cabeçote e, ao retornar, informou ao mecânico que não entregaria a peça e que o mesmo não colocaria mais a mão no carro dele.

Ao questionar então o que a vítima estaria fazendo ali, o suspeito foi surpreendido com a resposta de que ele iria ingressar com uma ação na Justiça para ressarcir dos valores gastos com o “serviço que não prestou”.

Logo em seguida, o mecânico então pegou um revólver que estava na caminhonete e passou a perseguir a vítima, que tentou correr, mas foi atingida várias vezes. Mesmo após cair no chão, Ivan teria se aproximado do motorista e efetuado mais disparos.

O suposto autor foi preso em Aparecida de Goiânia e a arma de fogo utilizada para o crime foi apreendida.

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