Vereador imita sons de macaco para colega negro durante sessão da Câmara e caso vai parar na delegacia

Manifestação teria ocorrido durante discussão acalorada sobre a criação de uma loteria na cidade de Planaltina de Goiás

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Vereador imita sons de macaco para colega negro durante sessão da Câmara e caso vai parar na delegacia
Vereador é acusado por colega parlamentar de ter feito sons racistas, em Planaltina de Goiás. (Montagem: Reprodução/YouTube)

Um vereador de Planaltina de Goiás, cidade no Entorno do Distrito Federal, foi denunciado por um colega parlamentar de ter feito gestos racistas, durante uma sessão da Câmara Municipal.

O caso ocorreu nesta segunda-feira (13), mas ganhou repercussão apenas no dia seguinte. Na ocasião, estava ocorrendo uma discussão sobre a criação de uma loteria municipal na cidade.

Dessa forma, Carlos Lopes Ribeiro (Solidariedade), conhecido como Carlim Imperador, se expressava contra o projeto, posição contrária ao vereador Professor Lincon Albuquerque (Cidadania).

A discussão começou a tomar tons acalorados, sendo que em alguns momentos, ambos os parlamentares tiveram os microfones cortados pelo presidente da Câmara.

Em determinado ponto do debate, Lincon começou a fazer sinais com as mãos, como um gesto de “está falando muito” para Carlim e, logo depois, começa a imitar sons de macacos.

Durante a sessão, o vereador Carlos não manifestou reação. Mas no dia seguinte, ele postou um vídeo no Instagram manifestando “uma profunda insatisfação” e explicando o ocorrido.

“Na hora eu fique altamente envergonhado, constrangido e não falei nada. Mas eu não paro de pensar nisso, pois em novembro é o mês em que se comemora o Dia da Consciência Negra. Então é inconcebível que parta de um parlamentar, professor, esse tipo de ofensa”, lamentou.

Em resposta, Lincon Albuquerque gravou um vídeo se defendendo, apontando que não foi racista e que os sons que fez foram “barulhos aleatórios”, para que o colega parlamentar parasse de falar.

“As pessoas estão fazendo essa analogia por livre e espontânea vontade. Eu não tive essa intenção. Se eu tivesse sido racista, a Câmara teria sido enérgica comigo. Isso é inaceitável”, apontou.

Ao G1, Carlim Imperador afirmou que procurou a delegacia do município para registrar uma denúncia de injúria racial por parte do colega vereador. A Polícia Civil (PC) confirmou que irá investigar o ocorrido.

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