Gritos e correria: assim seria desastre na fábrica da Nestlé em Goiânia

Evento teve como propósito verificar o tempo de resposta e atendimento da equipe médica e serviços de socorros

Davi Galvão Davi Galvão -
Gritos e correria: assim seria desastre na fábrica da Nestlé em Goiânia
3º Simulado de Catástrofe e Desastre do Hugol. (Foto: Davi Galvão)

Correria, gritos, desespero e o vai e vem constante do caminhão dos bombeiros e ambulâncias marcaram a manhã desta quarta-feira (29) para os funcionários da fábrica da Nestlé, localizada no St. Santos Dumont, em Goiânia.

Quem passava em frente ao local, estranhou a movimentação e ficou preocupado. Porém, tudo não passava de um exercício de treinamento do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), que buscava avaliar a eficiência e o tempo de resposta da unidade em caso de algum desastre.

O cenário escolhido foi a explosão de uma das caldeiras da Nestlé, em um esforço colaborativo que contou com o apoio do Corpo de Bombeiros, do Serviço Móvel de Urgência (SAMU), brigadistas da própria fábrica e, é claro, a equipe do centro de saúde.

Por volta das 09h, um barulho estridente foi ouvido saindo do maquinário, o que dava início aos procedimentos. Daí, alguns dos atores, com ferimentos mais sérios, permaneceram imóveis no chão, enquanto os outros corriam, em desespero, o que dificultava o atendimento dos socorristas, como é esperado em situações do tipo.

Exercício serviu como treinamento tanto para médicos e enfermeiros do Hugol quanto para o Corpo de Bombeiros e Samu (Foto: Davi Galvão)

As “vítimas” eram todas voluntárias e, em grande maioria, estudantes e técnicos em enfermagem, que com o uso de maquiagem e uma boa dose de encenação.

“Cada um de nós recebeu instruções sobre qual ferimento iriamos ter e como agir. Eu fiquei com uma fratura exposta na perna e vou aguardar atendimento. O importante mesmo é tentar ficar desesperado igual fosse de verdade, para ver como os médicos vão reagir e lidar”, explicou Karen Cristine, uma das voluntárias.

Vítimas eram todas voluntárias e ferimentos se tratavam de maquiagem. (Foto: Davi Galvão)

Portal 6 esteve no local e conversou com o gerente médico do pronto socorro do Hugol, Dinoel Guimarães Filho, que explicou mais sobre todo o procedimento.

“Esse é o 3º Simulado de catástrofes que a Hugol realiza, são 26 vítimas ao todo que vão participar da explosão da caldeira e o nosso foco é realmente testar como a nossa equipe agiria na prática em situações do tipo”, afirmou.

“Não só serve como treinamento para os médicos, mas também para os brigadistas da fábrica, para os bombeiros e também para os agentes do Samu, com todos tendo a chance de se prepararem para um eventual desastre”, finalizou.

Todos os “feridos” foram encaminhadas rapidamente ao Hugol, onde os exercícios e avaliações da equipe médica continuaram. No local, outros atores faziam o papel de parentes das vítimas, contribuindo para uma maior confusão e exigindo uma maior atuação da equipe de psicólogos e profissionais do serviço social, que também estavam participando da ação e sendo avaliados.

 

Davi Galvão

Davi Galvão

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás. Atua como repórter no Portal 6, com base em Anápolis, mas atento aos principais acontecimentos do cotidiano em todo o estado de Goiás. Produz reportagens que informam, orientam e traduzem os fatos que impactam diretamente a vida da população.

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