5 municípios de Goiás concentram 40% dos “gatos” de energia no estado
Ação pode levar a até 8 anos de prisão, de acordo com o Código Penal Brasileiro
Apenas cinco cidades goianas são responsáveis por quase metade dos casos de furto de energia no estado. De acordo com a Equatorial Goiás, o número de “gatos” nesses locais chega a 40% do total do estado, sendo que a Grande Goiânia é a maior culpada.
Além da capital, Aparecida de Goiânia, Águas Lindas de Goiás, Valparaíso e Luziânia são os municípios com o maior número de ocorrências.
De janeiro a outubro de 2023, a concessionária analisou 173 mil unidades consumidoras suspeitas de fraude, entre residências, comércios e indústrias.
Com isso, identificaram cerca de 83 mil casos de irregularidade. Somente na Grande Goiânia, foram 23 mil unidades. No estado, as irregularidades representaram uma perda de 24 GWh, o que poderia abastecer a cidade de Caldas Novas por um mês inteiro.
Diante dos casos, em parceria com as autoridades policiais, foram realizadas 138 operações que levaram a 100 prisões.
O gerente de serviço técnico comercial da Equatorial Goiás, Pabllo Barbosa, explicou que o “gato” é crime, com pena prevista de reclusão e multa. O Código Penal Brasileiro estabelece que a pena pode chegar a oito anos de prisão.
Além disso, o gerente afirma que a prática ainda prejudica a qualidade do serviço e põe a população em risco ao acessar a rede elétrica sem capacitação adequada, o que pode levar a sérios acidentes.
Quanto à distribuição de energia, as ligações irregulares sobrecarregam a rede, o que aumenta o risco de curtos-circuitos. Como resultado, oscilações, interrupções e até a queima de equipamentos são mais comuns.
“É importante destacar que, para além das implicações legais, o furto de energia contribui para a elevação dos custos para todos os clientes. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reconhece, nas tarifas, uma parcela destinada a cobrir as chamadas perdas comerciais, termo técnico que engloba furtos e fraudes no contexto do setor elétrico”.