Especialista prevê comportamento do mercado imobiliário da Grande Goiânia em 2024

Queda da Taxa Selic e aumento do custo de mão de obra impactará setor, segundo a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Especialista prevê comportamento do mercado imobiliário da Grande Goiânia em 2024
Mulheres buscam confiança na hora de fechar negócios (Foto: Divulgação/ Prefeitura de Goiânia)

A valorização do mercado imobiliário de Goiânia se tornou foco por meses consecutivos de 2023, culminando em um aumento de 14,77% na venda residencial e  38,40% na locação, segundo dados do Índice FipeZAP. Diante deste cenário, a expectativa é de números ainda maiores em 2024.

O ano de 2022 foi histórico para a capital, quando Goiânia bateu recorde quanto ao nível de lançamento de imóveis, chegando a 8.246 unidades entre janeiro e setembro. Em 2023, o número passou por uma queda de 17%, totalizando em 6.847 no mesmo período analisado pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO).

A queda, no entanto, não causa espanto visto que o Valor Geral de Vendas se manteve estável (R$ 4,2 bilhões), o que aponta para o aumento nos preços das unidades.

Assim, em 2024, a expectativa é de que aumente os lançamentos devido à queda da Taxa Selic e a estabilização do cenário político. Para o o presidente do conselho da Ademi-GO, Fernando Razuk, a expectativa será atendida pela demanda.

Ao Portal 6, o Fernando destacou que, com a queda da taxa de juros, os investimentos financeiros irão render pouco, o que resultará na maior atratividade do setor imobiliário. Além disso, “sempre que a taxa de juros cai, mais pessoas têm condições de comprar e o mercado aquecido força o preço para cima”, explicou.

O segundo fator que impactará a valorização no próximo ano é a falta de mão de obra na construção civil. “Foram lançados muitos empreendimentos nos últimos dois anos e todos eles estão em construção ao mesmo tempo agora”, afirmou o presidente da Ademi-GO, Felipe Melazzo.

Com isso, a falta de profissionais leva as construtoras a investirem em profissionalização interna, o que aumenta o custo do empreendimento. “Com o aumento do custo de construção, os empreendimentos ficam inviáveis se o gasto não for repassado para o preço de venda. Então, a valorização dos imóveis deve continuar na casa de 15% a 20%”, finalizou.

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