Graças a Deus estamos chegando ao fim da triste Era Prefeito Roberto
Ao final do governo, é um ledo engano pensar que obras físicas inacabadas e terceirizações deixarão um legado positivo, enquanto nossa população sofre, padece e morre
Se avaliarmos o sucesso de uma administração, considerando a competência do gestor, menos o seu ego, encontraremos nos resultados a prosperidade ou não de uma cidade.
Vou me ater à área da saúde. Esta semana, mais uma vez, o Prefeito admite que não deu conta de gerir as Unidades Básicas de Saúde e contratar médicos. Delega toda a gestão a uma empresa, com um contrato milionário e em regime emergencial.
Admite ainda que a UPA está superlotada e que, ao finalizar o novo Hospital no Leblon, vai desafogar o caos que lá está, dando a entender que o problema estará resolvido.
Vai além e exalta a criação da chamada UPA da Mulher, passando um batom no antigo prédio do municipal, como se fosse um sucesso separar atendimentos por sexo, idade ou grupos minoritários. Isso é de uma ignorância que expõe Anápolis ao ridículo e à chacota.
Busca ser o pioneiro em diversas inaugurações, deixando as demais unidades superlotadas e sucateadas. Alguém sabe informar sobre a UPA Geriátrica e a primeira UBS Pediátrica, tão propagada pelo prefeito?
Vou enumerar CINCO problemas de que tenho conhecimento, e o prefeito deveria desconfiar e resolver antes de anunciar novas construções:
1) Piso da enfermagem. O dinheiro está na conta da prefeitura desde o último dia 27, mas não foi repassado aos profissionais.
2) Homologação e convocação dos aprovados no Processo Seletivo da Secretaria de Saúde.
3) Reajuste salarial (data-base) dos servidores, em especial os profissionais da saúde que no ano passado foram ignorados.
4) Hospital Alfredo Abrahão, que está transferindo pacientes com fraturas para serem operados em Ceres e em outras cidades menores, mesmo tendo estrutura para operar na cidade. Estão “economizando” dinheiro às custas do sofrimento da população?
5) Postinhos de saúde em péssimas condições físicas, tomados por mato e mofo, por exemplo, no Setor Sul, Jardim Suíço e Recanto do Sol.
Ao final do governo, é um ledo engano pensar que obras físicas inacabadas e terceirizações deixarão um legado positivo, enquanto nossa população sofre, padece e morre.
Anápolis precisa dos anapolinos.
É isso.
José Fernandes é médico (ortopedista e legista) e bacharel em direito. Atualmente vereador em Anápolis pelo MDB. Escreve todas às sextas-feiras. Siga-o no Instagram.