“Há 9 meses estamos pedindo reajuste”, diz Sittra sobre paralisação de motoristas da Urban
Urban sustenta que mudanças dependem exclusivamente da anuência da Prefeitura de Anápolis, que segue em silêncio
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Usuários do transporte coletivo de Anápolis foram surpreendidos, na manhã desta quarta-feira (07), ao chegar na Estação Central, antigo Terminal Rodoviário Urbano.
Isso porque centenas de veículos estavam parados, em forma de protesto, que resultou em enormes filas e uma grande mobilização na região Central.
O Portal 6 apurou, junto ao presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Município Anápolis (Sittra), Adair Rodrigues, que a situação foi uma resposta à falta de reajuste nos vencimentos dos servidores, que cobram a demanda há mais de 9 meses.
“A categoria está tão ansiosa que decidiu fazer um manifesto, que parou todo o transporte coletivo. Desde junho que tentamos negociar o salário dos funcionários e nem contraproposta da empresa [Urban] recebemos”, afirmou.
“Não é greve, é um manifesto”, reforçou, por fim.
O que diz a Urban
A reportagem também conversou, na manhã desta quarta-feira (07), com o diretor jurídico do Grupo São José, dono da Urban, Carlos Leão.
Ele relatou já ter entrado com ofícios na Prefeitura, também há 9 meses, buscando um reajuste tarifário – que seria responsável justamente por equilibrar as contas da empresa e manter o serviço funcionando, além de garantir o reajuste dos funcionários.
Porém, o diretor sustentou que a administração municipal se mantém em silêncio diante do cenário.
Vale ressaltar que, por contrato, a empresa tem direito de reivindicar mudanças no valor da passagem, com base na planilha de custos. Porém, a situação estaria estagnada desde 2022, o que impacta diretamente no pagamento dos salários.
“Ontem mesmo [06] enviamos mais dois ofícios para a Prefeitura de Anápolis e para a Agência Reguladora Municipal (ARM), porque um serviço assim precisa da anuência do Poder Público para realizar reajustes. No entanto, não tivemos resposta”, relatou.
A mesma realidade foi denunciada por Carlos Leão à reportagem ainda no último mês, quando – em entrevista prévia ao Portal 6 – apontou que a inércia do Centro Administrativo poderia acarretar uma possível paralisação.
“A Prefeitura não toma nenhuma providência, estamos tendo que vender o almoço para comprar a janta”, afirmou, à época.
Confira a nota da empresa na íntegra:
“Os salários estão em dia. Recebemos um ofício do sindicato sobre o reajuste salarial, imediatamente reiteramos a notificação à prefeitura para providências, porque por lei (art. 624 – CLT) é preciso a participação e a autorização do poder público para reajuste salarial, mas a prefeitura não deu qualquer resposta.”
*Colaborou Caio Henrique.
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— Portal 6 (@portal6noticias) February 7, 2024