Goiás está entre os estados com mais pessoas interessadas em “sugar daddy” e “sugar mommy”

Prática tem se tornado cada vez mais comum e consiste na troca de favores entre pessoas mais maduras e jovens

Samuel Leão Samuel Leão -
Pessoa apaixonada signos
Casal se abraçando. (Foto: Ilustração/Pexels/Jonathan Borba)

Em Goiás, estado muito conhecido pelo estilo de vida rural e pela música sertaneja, a adesão a aplicativos de “sugar daddy” e “sugar mommy” tem sido cada vez mais notória.

Um exemplo disso é o “Meu Patrocínio”, que reúne jovens, adultos e idosos interessados na prática, se destacando pela quantidade de usuários cadastrados no estado e pela renda de alguns deles.

Em um levantamento exclusivo, realizado pelo aplicativo a pedido do Portal 6, foi constatado um público total de quase 512 mil em Goiás – sendo que a grande maioria se concentra em Goiânia e Anápolis. Desse cenário, apenas 146 mil inscritos não são dos respectivos municípios.

O estado ocupa a 8ª posição no cenário nacional, ficando na frente do Ceará e do Distrito Federal. As primeiras colocações foram ocupadas por São Paulo, com quase 5 milhões de usuários, seguido pelo Rio de Janeiro, com quase 2 milhões e Minas Gerais, com 1 milhão e 300 mil.

Na frente de Goiás também ficaram, respectivamente, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e a Bahia.

Renda

Um fato que chama ainda mais atenção, porém, é o aporte financeiro de certos usuários – mais especificamente os “daddies” – responsáveis por bancar as moças.

Superando o salário inicial de um juiz de direito e até dos prefeitos de Anápolis e Goiânia, por exemplo, os “papais” goianos possuem um ganho médio mensal de mais de R$ 76 mil.

Todo esse patrimônio é disponibilizado para mulheres jovens que buscam homens maduros e com estabilidade financeira, de modo a trocar a companhia e interações por momentos, viagens e presentes, por exemplo.

O mesmo ocorre entre homens, buscando mulheres maduras para passar momentos de intimidade e conforto. Entre elas, a renda média apontada foi de R$ 44 mil. Em São Paulo, estado recordista, a renda apontada pelos “daddies” é de R$ 94 mil e de R$ 53 mil pelas “mommies”.

Panorama goiano

Ao todo, a empresa aponta que são 511.781 usuários em Goiás, dos quais a maioria é composta por “sugar babies” – cerca de 329 mil garotas e 115 mil rapazes.

Para atender as moças, estão inscritos quase 54 mil “sugar daddies”, representando, portanto, mais de 6 candidatas para cada interessado na dinâmica.

Para cada um deles, a oferta de “mamães” é de apenas 13 mil, de modo que cada uma delas poderia se relacionar com 8 deles e ainda sobrariam interessados. Vale ressaltar que dinâmicas entre pessoas do mesmo sexo também são usuais.

Samuel Leão

Samuel Leão

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás, com passagens por veículos como Tribuna do Planalto e Diário do Estado. É mestrando em Territórios e Expressões Culturais no Cerrado pela Universidade Estadual de Goiás. Passou pela coluna Rápidas. Atualmente, é repórter especial do Portal 6.

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