Mais de 40 mil crianças estão na fila de espera por vagas em creches

Levantamento também mostrou que quase dois terços dos municípios não têm planejamento para atender demanda de moradores

Augusto Araújo Augusto Araújo -
Mais de 40 mil crianças estão na fila de espera por vagas em creches
Estudo apontou que mais de 40 mil bebês estão na fila de espera de creches goianas. (Divulgação/ TCM)

Os pais e responsáveis que desejam colocar os filhos em creches públicas em Goiás estão enfrentando um sério problema em 2024. Isso porque mais de 43 mil bebês estão em filas de espera nas instituições de ensino.

Conforme levantamento feito pelo Gabinete de Articulação para a Efetividade da Política da Educação de Goiás (Gaepe-GO), foram identificadas 43.829 recém-nascidos entre 0 e 3 anos de idade fora da rede escolar.

Esse número gera preocupação, visto que o estado possui 95.597 estudantes dentro dessa faixa etária em creches. Ou seja, quase metade do público está no aguardo por uma vaga.

Tal resultado não é por acaso. Isso porque a pesquisa indicou que 56% dos municípios goianos não possuem sequer critérios objetivos para organizar a fila de espera.

Mais grave ainda, 61% das cidades também não tinham um Plano de Expansão, voltado à criação de novas vagas para creches.

Por fim, os dados ainda apontaram que, em 11% das unidades escolares, o atendimento aos bebês não é realizado por professores.

Pré-escola

O problema não se restringe apenas às creches goianas. As pré-escolas também apresentam 7.708 crianças entre 04 anos e 05 anos e 11 meses em filas de espera.

Nessa faixa etária, 67% dos municípios declararam atender a demanda por vagas, deixando de elaborar um Plano de Expansão para as unidades.

Contudo, outros 10% apontaram motivos diversos para não ter feito o planejamento – como falta de equipe ou não saber como fazer.

Dados por município

O Portal 6 entrou em contato com o Gaepe-GO, para tentar estratificar os números para Goiânia, Anápolis e Aparecida de Goiânia.

Contudo, o departamento apontou que os dados, colhidos pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), foram entregues por meio de um acordo, onde as cidades solicitaram para que as informações não fossem individualizadas.

Dessa forma, não é possível determinar as filas de espera específicas de cada município.

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