MPGO pede inclusão de Cacai Toledo na lista de procurados da Interpol
Ele é suspeito de ter mandado matar o empresário Fábio Escobar
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) pediu a inclusão de Carlos César Savastano Toledo, popularmente conhecido como Cacai Toledo, na lista de procurados da Polícia Internacional (Interpol). O ex-presidente do DEM, atual União Brasil, é suspeito de ter mandado matar o empresário Fábio Escobar.
Cacai Toledo é considerado foragido desde novembro de 2023, quando um mandado de prisão preventiva foi expedido contra ele sob suspeita de ser o mandante do assassinato de Escobar, em Anápolis, que o denunciava publicamente por desvio de dinheiro. Com o pedido, o objetivo é que ele seja extraditado para que possa responder pelo crime no Brasil.
O pedido de inclusão na lista da Interpol foi protocolado na última terça-feira (26) pelo MP-GO. Caso seja aceito, autoridades policiais de qualquer país poderão efetuar a prisão de Cacai Toledo.
A investigação conduzida pelo Ministério Público de Goiás concluiu, ainda em novembro de 2023, que Cacai Toledo foi o “autor intelectual” do homicídio de Fábio Escobar. Além disso, três policiais militares, Glauko Olívio de Oliveira, Thiago Marcelino Machado e Erick Pereira da Silva, foram apontados como partícipes e também se tornaram réus no caso.
Relembre
Cacai Toledo, que foi coordenador da campanha política do Democratas ao governo do estado em 2018, em Anápolis, e posteriormente assumiu o cargo na Codego após a eleição de Ronaldo Caiado, enfrentou sérias acusações ao longo dos anos. Em 2020, ele foi preso sob suspeita de envolvimento em fraudes em licitações.
Entretanto, foi a conturbada relação entre Cacai e Fábio Escobar que chamou atenção das autoridades. Os dois trabalharam juntos durante a campanha de 2018, mas a relação ganhou animosidade em 2019, quando Escobar começou a denunciar publicamente supostos desvios de dinheiro por parte de Cacai, utilizando as redes sociais como plataforma para suas acusações.
Em um dos vídeos, o homem chega a devolver R$ 150 mil que ele afirmou ter recebido como suborno para parar com as denúncias.
“Não foi ficar calado com medo de morrer porque Deus sabe a hora de todo mundo. O Carlos César é um bandido”, disse em outra ocasião.
Segundo a Polícia Civil (PC), a situação culminou na morte do empresário a tiros por dois homens em 23 de junho de 2021.