Considerada a pior do país, Equatorial promete investimentos em importantes regiões de Goiás

Concessionária destaca a troca de equipamentos e expansão da rede para o melhor fornecimento de energia no estado

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Considerada a pior do país, Equatorial promete investimentos em importantes regiões de Goiás
Concessionária é responsável pelo abastecimento de energia em Goiás. (Foto: Divulgação)

A estabilização da rede de energia goiana é a peça central no planejamento da Equatorial Goiás para 2024. De acordo com a concessionária, entre os principais investimentos, destacam-se a construção de duas subestações em regiões com alta demanda de energia: Jataí e Pirenópolis.

Ao Portal 6, o superintendente técnico da Equatorial Goiás, Roberto Vieira, afirmou que a subestação JK Jataí está em fase avançada de obras e possui previsão de conclusão para o final de maio. Além da subestação, a concessionária também está construindo uma linha de transmissão de alta tensão com 30 km de extensão e mais 40 km de redes de distribuição, que vão interligar a nova subestação à rede existente da Equatorial.

“Isso vai possibilitar que a gente consiga transferir cargas de subestações de cidades vizinhas e de dentro de Jataí para a nova subestação. Então, eu reduzo o carregamento dessas subestações vizinhas, trazendo benefícios em melhoria de qualidade de energia e nível de tensão para essa região inteira, também possibilitando que a gente conecte clientes à nova subestação e amplie as cargas”, explicou.

Conforme o superintendente, a medida visa suprimir a crescente demanda por energia na região, principalmente por parte de investidores que querem se instalar e expandir mas não encontram a infraestrutura adequada.

Em Pirenópolis, por sua vez, os investimentos foram destinados devido ao fluxo intenso de turistas que tem alavancado a região. A nova subestação, que já está em fase de obras e deve ser concluída até o terceiro trimestre de 2024, será de 138 mil volts, um número quatro vezes maior que a atual.

Além de ter mais disponibilidade de energia, o plano de ação inclui o objetivo de melhorar a qualidade do fornecimento, com meta de aumentar em 77% a correção dos defeitos nos circuitos de alta e média tensão, ampliar em 43% a inspeção nas redes e incrementar a limpeza de faixas em 53% em relação a 2023.

Quanto à ampliação no estado, que sofre com a qualidade de energia principalmente na região Norte e no entorno de Anápolis, na direção de Uruaçu e Porangatu, conforme Roberto, a concessionária promete realizar mais de 7 mil obras para conexão de novos clientes, tanto na zona rural quanto urbana.

“As árvores em contato com a rede são a principal causa do desligamento no nosso sistema. Aliado com a correção dos defeitos, troca de equipamentos que estão no final da vida útil, essas serão as principais locomotivas do nosso plano de manutenção”, finalizou.

Desempenho nacional

O plano de ação da concessionária foi divulgado logo após receber o título de pior desempenho no fornecimento de energia do Brasil.

De acordo com levantamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), entre as 29 analisadas, a concessionária goiana obteve os piores números de duração e frequência de interrupção no fornecimento de energia.

Analisado por meio do Desempenho Global de Continuidade (DGC), a nota conferida à Equatorial Goiás foi de 1,66, sendo que quanto menor o número, melhor o serviço. Em comparação, a primeira colocada, CPFL Santa Cruz (São Paulo), recebeu 0,56.

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