Em votação apertada, professores da UFG aderem à greve nacional

Movimento nacional já conta com mais de 50 universidades e 80 instituições federais

Davi Galvão Davi Galvão -
Em votação apertada, professores da UFG aderem à greve nacional
Reitoria da UFG. (Foto: Carlos Siqueira/UFG)

Os professores da Universidade Federal de Goiás (UFG) decidiram oficialmente entrar em greve, por tempo indeterminado. A data para o início da paralisação ainda não foi definida.

A decisão foi tomada após a realização de um plebiscito eletrônico, que contou com a participação de 1.324 docentes, entre filiados e não filiados ao Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg).

No total, 657 professores (49,62%) votaram a favor da paralisação, enquanto 652 (49,24%) foram contrários, ou seja, apenas cinco votos de diferença. Se abstiveram na votação 15 participantes.

A decisão da categoria caminha de acordo com a greve nacional que já conta com a participação de mais de 50 universidades e 80 institutos federais.

“O Adufg-Sindicato construiu um plebiscito democrático e fez valer o voto de todos de toda a categoria docente, seja por parte dos docentes em atividade ou dos aposentados”, afirma o presidente da entidade, professor Geci Silva.

As demandas dos professores recaem basicamente na reestruturação das carreiras do Magistério Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT).

Os docentes ainda se alinharam com os servidores públicos federais, que já estavam em greve, cobrando também o reajuste salarial linear.

Com o resultado do plebiscito, a diretoria do Adufg-Sindicato comunicará a Reitoria em até 72 horas a respeito da decisão e que a data para o início da paralisação ainda será decidido.

Em grupos, estudantes expressaram sobre a paralisação, tanto em concordância quanto com posicionamentos contrários.

“Muitos de nós começamos a faculdade em pandemia, não tivemos a experiência de ser calouro na UFG e agora, para finalizar, nos foi tirada a oportunidade de colar grau de forma decente”, lamentou uma.

“Mesmo assim, apesar de atrapalhar nosso calendário, nada mais do que justo para com nossos professores. Afinal, eles estão lá há muito mais tempo do que nós, tem o direito de serem pagos de forma justa”, ponderou outro.

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