Investigação do MPGO aponta irregularidades em compra de coroa de flores por vereadores de Goianésia

Empresa contratada pelo Legislativo teria embolsado R$ 117 mil entre 2016 e 2020

Pedro Hara Pedro Hara -
Plenário da Câmara de Goianésia. (Foto: Reprodução)
Plenário da Câmara de Goianésia. (Foto: Reprodução)

O Ministério Público de Goiás (MPGO) ajuizou duas ações após investigação constatar irregularidades na compra de coroas de flores entre janeiro de 2016 e dezembro de 2020, em Goianésia.

Uma delas foi proposta contra os vereadores em exercício Múcio Santana (PSB), Valdomiro Baiano (PSDB), o ex-vereador Altemar Carrilho de Castro (PSDB) e o empresário Rauder Guilherme Batista Lima, por atos de improbidade administrativa.

A outra ação foi por ato lesivo à administração pública contra três empresas que pertencem ao mesmo grupo e prestam serviços póstumos, que teriam recebido R$ 117,2 mil da Câmara de Goianésia.

A investigação aponta que as coroas seriam destinadas para os funerais de “pessoas ilustres” da cidade, mas que não houve comprovação da entrega dos itens previstos à Casa e nem a indicação de quem seriam os falecidos homenageados.

As contratações foram feitas quase que mensalmente, configurando despesa recorrente, mas realizada mediante dispensa de licitação visando burlar o limite estabelecido para desobrigar o trâmite legal.

Durante o curso da investigação foi apontada a relação entre Múcio Santana Martins (também presidente da Câmara na época) e a empresa. Ele teria influenciado a escolha da vencedora e também assinado os acordos.

Também há indícios de que o edil integra o quadro societário do mesmo grupo empresarial que atuam em conjunto.

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