Tonturas, fraqueza e unhas fracas: saiba qual é a condição de saúde que afeta 1 a cada 3 mulheres

Quadro clínico pode ser sinal de doenças mais graves e levar a sobrecarga do coração

Maria Luiza Valeriano Maria Luiza Valeriano -
Anemia é associada a risco de infarto (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Anemia é associada a risco de infarto (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Júlia Gonçalves, de 24 anos, vive uma rotina mais saudável que a média brasileira. Acorda cedo para correr, pratica natação pelas tardes, recusa alimentos ultraprocessados e dorme cedo. Porém, descobriu, por acaso, que corre alto risco de infarto devido a uma problema de saúde comum a uma a cada três mulheres: a anemia.

“Eu vou precisar repor o ferro todos os meses, enquanto eu menstruar”, relatou ao Portal 6. Tendo jamais suspeitado que poderia ter essa condição, a jovem descobriu a doença por acaso, ao realizar exames de rotina.

Ela, assim como diversas amigas que também foram diagnosticadas, fazem parte da parcela de 29% das mulheres adultas que apresentam a doença, segundo o Ministério da Saúde.

“Só depois que descobri isso, minha ficha caiu para o quanto estava com as unhas fracas e como me sinto muito cansada”, disse.

De acordo a médica hematologista Maria Amorelli, esses são sintomas comuns da anemia, além de sonolência diurna e tonturas.

“Em casos mais graves, pode haver a vontade de comer coisas estranhas, como macarrão cru ou terra”, apontou à reportagem.

A hematologista destacou que se trata de uma condição frequente, principalmente no início da fase menstrual, com a menopausa e após a laqueadura. Em todos os casos, o fluxo intenso de menstruação é um fator comum que impede a reposição adequada de ferro somente com a alimentação.

Além disso, ela reforça que há outras possíveis origens, como anemias hereditárias, associadas a doenças como câncer do intestino e condições da medula óssea como a mielodisplasia.

Caso não identificada, o quadro pode levar a uma sobrecarga do coração – medo que Júlia carrega consigo.

O que fazer?

A hematologista enfatiza que a anemia não deve ser subestimada. “Não é só tomar uma vitamina; pode ser sinal de uma doença grave e deve ser investigada”, alerta.

Diante disso, Maria aponta para a necessidade de realizar exames regulares e se atentar aos sintomas. O tratamento, por sua vez, envolve a reposição de ferro e demais vitaminas necessárias, a depender da gravidade do caso.

“O principal ponto de atenção é que a anemia pode ser sintoma de vários outras doenças. Ela deve ser investigada e acompanhada”, concluiu.

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