Empresário Christiano Mamedio, acusado de matar duas pessoas por embriaguez ao volante, vai a juri popular na quarta (28)

Três meses antes da tragédia, ele já havia sido prelo pela DICT por dirigir embriagado, mas foi liberado após pagar fiança

Samuel Leão Samuel Leão -
Empresário pode ser solto mesmo após condenação. (Foto: Reprodução)

Ocorrerá, nesta quarta-feira (28), o primeiro júri popular de um homicídio provocado por embriaguez ao volante em Anápolis. O caso em questão é o do empresário Christiano Mamedio da Silva, acusado de furar o sinal vermelho e tirar a vida de Emanuel Felipe Pires, de 15 anos, e de Eurípedes Tomé, de 26, na avenida Brasil Sul.

O crime aconteceu no dia 03 de outubro de 2020 e, desde então, tramita na Justiça, chegando a ir para o Supremo Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, mas sendo devolvido para ser “encerrado” no Fórum de Anápolis. O suspeito deverá responder pelos crimes de embriaguez ao volante, lesão corporal dolosa e homicídio doloso – quando pressupõe a intenção ou disposição de matar do acusado. Na data do ocorrido, o veículo que ele dirigia estaria a 100 km/h quando atingiu uma caminhonete F-4000, carregada de tijolos.

Apenas três meses antes da tragédia, ele já havia sido preso pela Delegacia de Investigação aos Crimes de Trânsito (DICT) por embriaguez ao volante, sendo liberado após o pagamento da fiança. Posteriormente, Mamedio chegou a ser preso em flagrante no dia 3 de outubro de 2020, data em que o crime aconteceu, mas foi solto poucos dias depois, respondendo em liberdade.

“Sigo angustiada, mas estou com a sensação de que fiz tudo que estava ao meu alcance. Agora está nas mãos da população de Anápolis, que eu confio e sempre me demonstrou apoio. Preciso fechar esse ciclo porque ficou aberto. Ele veio e matou meu filho, então não vai existir vencedor, porque eu já perdi”, relatou a mãe do adolescente Emanuel Felipe, Michelle Pires.

Em março de 2023, enquanto ainda sofria sem a resolução do caso, ela chegou a colocar um outdoor no bairro Jundiaí em homenagem ao  filho, que faria 18 anos. Juntamente do pai de Emanuel e da irmã dele, que na época tinha apenas 04 anos, ela acompanha atentamente cada etapa do processo.

Agora, ela espera que o responsável pelas mortes, que é filho de um importante empresário de Anápolis, realmente responda pelos crimes que cometeu e seja devidamente julgado. O desfecho irá ocorrer cerca de 4 anos após o fatídico episódio.

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